quinta-feira, 6 de junho de 2019

“Eles que fiquem com os presos do tráfico”, diz Azambuja

                                                Foto:Divulgação

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou hoje pela manhã que irá exigir mudanças nas cláusulas do convênio firmado entre Mato Grosso do Sul e a União, que garante trabalho integrado das forças de segurança para combate ao tráfico de drogas. Hoje, o Correio do Estado revelou que a parceria está prestes a vencer, o que impediria as forças de segurança estaduais de atuar em procedimentos relativos ao narcotráfico.

“Esse convênio, que foi assinado no governo anterior, é extremamente benéfico ao Governo Federal. Mato Grosso do Sul faz o serviço, recebe os presos e a sociedade paga a conta. Então, nós não queremos mais este convênio dessa forma. Estamos dizendo a eles, que se não mudar a forma do convênio, qualquer apreensão vai para a Polícia Federal, e eles que vão dar conta de fazer todo o processo que é feito pela polícia civil. Nós não concordamos com este convênio (atual) é extramente prejudicial ao Mato Grosso do Sul. Nós vamos aguardar o Ministério da Justiça. Eles que fiquem com os presos do tráfico e coloquem nos presídios federais.”, afirmou Azambuja, durante entrevista coletiva na manhã de hoje.

O governador garantiu que não irá renovas as cláusulas do convênio atual. “Não vamos renovar com as cláusulas estabelecidas, porque ele é extremamente prejudicial à população de MS, que paga a conta de que nós temos hoje: 7,8 mil presos do tráfico.  Aumentaram muito as prisões de droga. Eles ficam no nosso sistema prisional”, disse.

ENTENDA

A partir do dia 28 de julho deste ano, Mato Grosso do Sul pode ficar desfalcado no que diz respeito ao combate ao tráfico de drogas. Um convênio firmado entre a União e o governo do Estado visando à cooperação entre as esferas federal e estadual está prestes a vencer. Sem a renovação, as polícias Civil e Militar ficarão impedidas de atuar em ações voltadas ao tráfico de entorpecentes e toda a responsabilidade recairá sobre a Polícia Federal, que conta com efetivo reduzido e delegacias em apenas seis cidades do Estado.

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