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Jornal Correio do Estado
Em reunião realizada nesta sexta-feira pelo Conselho de Administração de Itaipu, em Foz do Iguaçu, foi reafirmada a priorização da construção de duas pontes ligando o Brasil ao Paraguai, sendo uma delas unindo Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no país vizinho. "Já existe inclusive um estudo de traçado", disse o conselheiro da multinacional Itaipu Nacional, Carlos Marun, acrescentando que a reunião foi positiva.
Conselheiros se reuniram em sessão extraordinária para tentar solucionar um impasse financeiro binacional em torno da energia elétrica da Hidrelétrica de Itaipu, antes do encontro entre os presidentes Jair Bolsonaro (PSL) e Mario Abdo, marcado para a próxima terça-feira (12). A questão debatida é referente ao fato do consumidor brasileiro pagar mais do que o paraguaio pela energia produzida pela usina.
Conforme Marun, sobre essa questão, ficou estabelecido um prazo de 90 dias para a solução de alguns dos impasses, mas que não devem interferir na questão da construção das pontes, que continuam sendo prioritárias, segundo o conselheiro.
Segundo divulgou o Ministério das Relações Exteriores, na próxima terça-feira (12), o presidente do Paraguai virá ao Brasil e, entre os assuntos a serem tratados, está a construção da Rota Bioceânica.
O objetivo da construção desta ponte é facilitar o acesso ao Oceano Pacífico. O valor dela é estimado em US$ 70 milhões. Além desta, uma outra será feita para ligar a cidade paranaense de Foz do Iguaçu a Puerto Presidente Franco, no Paraguai. O montante que será usado nas obras é o mesmo.
Cada país ficará responsável pela construção de uma das pontes. A de Foz do Iguaçu ficará a cargo do Brasil e servirá para desafogar o intenso fluxo na Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu a Ciudad del Este.
No ano passado, esse foi assunto tratado também pelo ex-presidente Michel Temer. Segundo o Itamaraty é preciso avançar em questões técnicas. Do lado do Paraguai, será necessária alteração no acordo, para que cada país arque com as despesas da construção de uma das pontes. Pelo acordo firmado atualmente, o valor seria dividido.
Ao que tudo indica, o montante que será usado para construção da ponte de responsabilidade do Brasil vai sair da Hidrelétrica de Itaipu Binacional, já que o governo não poderá usar os R$ 56,8 milhões previstos no Orçamento da União deste ano por causa da burocracia e do parecer do Tribunal de Contas da União (TCU).
O governo de Mato Grosso do Sul projeta incremento de cerca de R$ 200 milhões (US$ 50 milhões) no primeiro ano de funcionamento da ponte, que faz parte da chamada Rota Bioceânica e tem previsão de conclusão em 2021.
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