Reuters
O presidente eleito Jair Bolsonaro, que deve passar por uma cirurgia de reversão da colostomia no ano que vem, tem cometido alguns excessos na sua rotina de trabalho e com a alimentação, afirmou nesta sexta-feira um dos médicos que o acompanham, que ao mesmo tempo descartou preocupações com a recuperação do ex-capitão da reserva.
Segundo o médico Antonio Macedo, Bolsonaro tem se submetido a uma rotina pesada e intensa de trabalho com agendas no Rio de Janeiro, Brasília e outras cidades e tem feito deslocamentos com uma certa frequência.
Bolsonaro cancelou uma agenda nesta sexta-feira no interior de São Paulo, alegando recomendação médica. “Ele estava cansado e como exagerou muito durante a semana, ficou descansando”, afirmou o médico à Reuters. O futuro presidente passou parte da semana em Brasília cuidando da transição de governo.
No último domingo, Bolsonaro surpreendeu ao tentar levantar no colo o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, durante a festa do 10º título nacional da equipe paulista. No estádio do Palmeiras, Bolsonaro também levantou a taça do time campeão e deu entrevista no gramado com uma criança sobre seus ombros.
“É difícil controlar o aspecto pessoal do presidente, posso controlar a parte clínica”, disse Macedo. “Ele é muito trabalhador. Acorda cedo, ocupa o dia inteiro, faz tudo ao mesmo tempo... não diria que ele é um paciente rebelde, mas diria que tem ideias próprias”, acrescentou o médico.
A alimentação do presidente eleito é motivo de conversa permanente com o médico.
Bolsonaro, que tem 63 anos, possui o hábito de comer pão com leite condensado. Ele também aprecia um cafezinho e beber refrigente, o que foi proibido pelos médicos.
“Eu não deixo ele beber refrigerante”, afirmou Macedo. “Ele posta filmes comendo pão com leite condensado. Imagina se eu, como cirurgião e médico, vou deixar ele fazer isso?”
No jogo do Palmeiras, no domingo, o presidente eleito apareceu em vídeos comendo um cachorro quente.
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