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domingo, 30 de dezembro de 2018
Amanda Nunes nocauteia Cyborg e é primeira mulher com dois cinturões do UFC
Folha Press Foto Facebook
Amanda Nunes fez história no UFC 232, realizado neste sábado (29), em Inglewood (EUA). No The Forum, a campeã peso-galo nocauteou Cris Cyborg -até então dona do cinturão peso-pena- aos 51 segundos do primeiro round e se tornou a primeira mulher campeã de duas categorias.
Mais do que isso, a baiana acabou com uma invencibilidade de 13 anos da compatriota e passou a ser dominante no MMA. Dona das categorias pena e galo, a "Leoa" somou o oitavo triunfo consecutivo e não sabe o que é sair derrotada do octógono há quatro anos.
Amanda foi a responsável por derrubar duas lutadoras consideradas fenômenos do esporte. Com as vitórias sobre Ronda Rousey e Cyborg, ela garantiu de vez o seu lugar na prateleira mais alta do MMA feminino.
O combate durou apenas 51 segundos. Desde o começo, as duas trocaram golpes em sequência até que Amanda acertou e Cyborg sentiu. Mesmo desnorteada, Cris continuou andando para frente e tentando encontrar Amanda. Um erro fatal.
Inteira, a baiana acertou socos em sequência até conseguir algo que parecia impossível: nocautear Cris Cyborg.
"Incrível. Meu Deus. Vamos lá! Quando a Cyborg veio para cima, sabia que acabaria. Sou a primeira campeã em duas divisões. Em sou a melhor. Dana White [presidente do UFC], eu tenho que ser Hall da Fama", comemorou.
VOLTA DE JON JONES
Jon "Bones" Jones venceu o sueco Alexander Gustafsson por nocaute no terceiro round e retomou o cinturão meio-pesado. Considerado o maior lutador da história nas artes marciais mistas, o norte-americano dividiu a torcida no The Forum, tradicional arena da Califórnia. Tudo por causa da polêmica pelo doping que tirou o UFC 232 de Las Vegas poucos dias antes da realização e o levou para Los Angeles.
Mesmo vaiado em diversos momentos, principalmente na entrada, o campeão mostrou o arsenal de golpes que o tornou conhecido mundialmente como um fenômeno do esporte. Gustafsson não foi páreo para um Jones que dominou a distância, encurtou os espaços e anulou o difícil jogo do adversário.
Ele chegou ao incrível número de 23 vitórias, uma derrota e uma luta sem resultado. Agora, o norte-americano aguarda o próximo desafiante, ciente de que estará cada vez mais no centro das atenções.
A transferência de lugar da luta foi feita por causa de um exame antidoping de Jones, feito pouco antes do evento, que apresentou resquícios do esteroide turinabol, a mesma substância que o tirou de combate desde julho de 2017. Como a Comissão Atlética de Nevada não teria tempo para autorizá-lo a lutar no Estado, a licença expedida para a Califórnia foi decisiva no que envolveu a transferência de toda a estrutura milionária.
O combate entre Jones e Gustafsson começou morno. Eles mediram bastante a distância. De fato, trocaram poucos golpes. O momento mais tenso foi quando o sueco reclamou de um golpe baixo, mas rapidamente retornou ao confronto.
No segundo round, Jon Jones se queixou de um dedo no olho. A luta parou por alguns instantes e foi rapidamente retomada. Aos poucos, o norte-americano se soltou e encaixou os melhores golpes, apesar de Gustafsson levar perigo nas ameaças de contragolpes.
Jones obteve situação importante no terceiro assalto, quando derrubou o oponente e ficou por cima trabalhando golpes e a possibilidade de uma finalização. Ela não veio, mas a sequência de socos foi mortal e garantiu mais um nocaute para o maior lutador de MMA de todos os tempos.
Após o triunfo, Jones, claro, provocou o arquirrival Daniel Cormier. "Ele se declara duplo campeão. Digo, o cara desistiu do cinturão porque alguém chegou em casa. O papai voltou para casa, DC! Venha provar, estou bem aqui", disse, para deixar na sequência o octógono entre vaias e aplausos.
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