quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Festival de Berlin,Brasil tem grande participação


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O Brasil tem praticamente uma delegação no 65º Festival de Berlim, que começa nesta quinta-feira e vai até dia 14, sábado de Carnaval, na capital alemã. Ao todo, são seis longas-metragens, dois curtas, mais uma seleção de filmes na mostra NATIVe, sobre povos nativos. Mas, ao contrário do ano passado, quando teve Praia do Futuro, de Karim Aïnouz, em competição, nenhum concorre ao Urso de Ouro.

Entre os 19 filmes que disputam os prêmios principais, há uma maioria absoluta de europeus, com um total de dez produções. A competição é aberta oficialmente na noite desta quinta-feira com Nadie Quiere la Noche (“Ninguém quer a noite”, em tradução livre), coprodução entre Espanha, França e Bulgária dirigida pela espanhola Isabel Coixet. A Ásia vem em seguida, com quatro filmes, entre eles Taxi, dirigido pelo incansável iraniano Jafar Panahi, proibido pelo governo de exercer sua profissão de cineasta, mas cineasta assim mesmo, a todo custo. A América Latina tem três, dois deles chilenos: El Club (“O clube”), de Pablo Larraín, e o documentário El Botón de Nácar (“O botão de madrepérola”), coprodução Chile-França dirigida por Patricio Guzmán. Ixcanul, de Jayro Bustamante, representa a Guatemala (em uma coprodução com a França). Os Estados Unidos só apresentam dois longas-metragens – mas são pesos-pesados. Terrence Malick, vencedor do Urso de Ouro em 1999 com Além da Linha Vermelha e da Palma de Ouro em Cannes em 2011 com A Árvore da Vida, exibe Knight of Cups (“Cavaleiro de copas”), em que Christian Bale interpreta um astro de Hollywood.

E o alemão Werner Herzog (Grande Prêmio do Júri em 1975 com O Enigma de Kaspar Hauser e melhor diretor em 1982 com Fitzcarraldo, ambos em Cannes) vem com a produção americana Queen of the Desert (“Rainha do deserto”), em que Nicole Kidman é uma inglesa que explora o Oriente Médio nos anos 1920. Robert Pattinson, James Franco e Damian Lewis também estão no elenco. No ano passado, é bom lembrar, os texanos Richard Linklater e Wes Anderson saíram de Berlim premiados e com vaga quase garantida no Oscar para seus Boyhood – Da Infância à Juventude e O Grande Hotel Budapeste (este, uma coprodução entre Reino Unido e Alemanha). O cineasta americano Darren Aronofsky (Noé, O Lutador) é o presidente do júri, que conta também com o ator alemão Daniel Brühl, o cineasta sul-coreano Bong Joon-ho, a produtora americana Martha de Laurentiis, a cineasta peruana Claudia Llosa, a atriz francesa Audrey Tautou e o produtor e roteirista americano Matthew Weiner, criador da série Mad Men.

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