quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Preço do pão francês tem reajuste que varia de 10 a 15% no Estado


A indústria da panificação de Mato Grosso do Sul está, desde o fim de janeiro deste ano, repassando para o preço do pão francês os gastos com a alta da energia elétrica, dos combustíveis e do dólar. Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso do Sul (Sindepan/MS), Marcelo Alves Barbosa, o aumento do preço final do produto teve reajuste de 10 a 15% nos mais de 600 estabelecimentos distribuídos pelos 79 municípios do Estado.

Segundo Marcelo Barbosa, os empresários estão repassando os custos de produção, que foram majorados neste início do ano pelo aumento da tarifa de energia elétrica, do reajuste dos combustíveis e pela elevação do dólar. “No caso do dólar, desde o ano passado estamos importando trigo dos Estados Unidos, pois a produção da Argentina teve alguns problemas e, com a alta da moeda norte-americana, o produto ficou muito mais caro”, explicou.

Na avaliação do sindicalista, deve ocorrer uma pequena retração nas vendas, mas, com o passar do tempo, o consumidor voltará a comprar, já que se trata de um dos principais itens do café da manhã do brasileiro.

Marcelo Barbosa comentou ainda que mesmo com o repasse dos custos com insumos no preço do pão, algumas empresas ainda terão problemas com a receita, pois não é possível repassar todos os aumentos. “Muitos estabelecimentos estão tendo de conter os gastos para superar a crise financeira e uma das soluções encontradas está sendo a redução do quadro de funcionários”, pontuou, informando que hoje são 15 mil trabalhadores no segmento, dos quais 8 mil estão em Campo Grande.

“Os argentinos estão colhendo neste período e acredito que nos próximos quatro meses teremos uma oferta maior de trigo, forçando uma redução no preço do produto e, consequentemente, essa queda vai chegar ao consumidor final”, projetou o presidente do sindicato

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