terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

estudos revela como diferentes regiões do cérebro trabalha juntas


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Pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, descobriram o processo por meio do qual diferentes conjuntos de neurônios cooperam para promover uma ação. 

O estudo, publicado nesta segunda-feira no periódico Nature Neuroscience, descreve a maneira, até então desconhecida, que faz com que duas regiões cerebrais se comuniquem, enviando sinais mais rápidos ou mais lentos entre elas e trabalhando em conjunto para concluir uma tarefa.



Com isso, os pesquisadores podem ter resolvido um enigma dos estudos em neurociência. É sabido que o cérebro, formado por bilhões de neurônios, é organizado em regiões responsáveis por tarefas diferentes. Elas normalmente trabalham independentemente e, para promover algumas ações, trabalham juntas. Não se conhecia, no entanto, o processo pelo qual dois conjuntos de neurônios se comunicam quando precisam cooperar e como não interferem um no outro ao trabalhar sozinhos.

Sinais em conjunto – A pesquisa teve início com a análise da forma como o cérebro se prepara para fazer movimentos rápidos e certeiros — um estudo importante para a produção de próteses controladas pelo cérebro, objetivo final dos cientistas. Para isso, os pesquisadores treinaram macacos para fazer movimentos precisos do braço. Os animais faziam uma breve pausa antes da ação, de modo que o cérebro se preparava antes do movimento. A ideia era ver a diferença entre os comandos cerebrais produzidos para a preparação do ato e para a ação em si.



Os pesquisadores mapearam e analisaram os sinais enviados pelos músculos do braço e pelas duas regiões cerebrais envolvidas na movimentação do membro. Por meio de amostras de 100 a 200 neurônios de cada área do cérebro, puderam perceber o tempo levado por cada neurônio, individualmente, para enviar o sinal do movimento. Os cientistas também analisaram os neurônios em conjunto.

Durante a preparação da ação, neurônios nas duas regiões cerebrais entravam em atividade. Nesse estágio, alguns enviavam sinais rapidamente, outros lentamente. Já no momento da ação, a sinalização era sincronizada. Os pesquisadores perceberam, então, que essa forma de enviar sinais é também como as diferentes áreas do cérebro se comunicam para trabalhar juntas ou não na mesma ação. "Nossos neurônios estão sempre conectados", afirma Matthew Kafman, um dos autores do estudo. "Por isso é importante saber que sinais são comunicados de uma área a outra

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