terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Morre cantor Sandro, o Roberto Carlos da Argentina

Sandro, o astro argentino: primeiro o rock, depois a música romântica (Foto: AFP)
O cantor argentino Roberto Sánchez, mais conhecido como Sandro, morreu na noite desta segunda-feira, aos 64 anos, em um hospital de Mendoza (1.100 km a oeste de Buenos Aires). Uma espécie de versão argentina de Roberto Carlos, ele ficou famoso na primeira fase do rock, nos anos 60, e depois tornou-se um cantor romântico. Em novembro, ele havia se submetido a transplante de pulmão e de coração.


"Sandro faleceu em consequência de um quadro de septicemia", revelou o médico Claudio Burgos à imprensa reunida diante do Hospital Italiano. O cantor foi operado duas vezes durante o dia, mas não resistiu a uma infecção generalizada. O músico, vítima de uma longa doença provocada pelo fumo, permaneceu durante longo tempo esperando por órgãos compatíveis para o transplante, o que finalmente ocorreu no fim do ano passado, de um doador de 22 anos.

Conhecido como o Elvis Presley sul-americano nas décadas de 60 e 70, Sánchez nasceu em um bairro operário da periferia sul de Buenos Aires, em 1945, e iniciou sua carreira de cantor como imitador do "Rei do Rock". "El Gitano", como também era chamado, criou nos anos 60 o grupo Sandro y Los De Fuego, que cantava em espanhol os sucessos de Beatles, Elvis, Paul Anka e Rolling Stones, entre outros.

Depois do rock, Sandro abraçou a carreira de cantor romântico, fazendo o público feminino delirar com temas como Rosa, Rosa (maior sucesso de sua carreira) e Quiero Llenarme de Ti. Em 1969, Sandro recebeu em Nova York um disco de ouro por ser o artista latino-americano de maior vendagem. Logo em seguida, se torna o primeiro artista latino a encher o Madison Square Garden. No total, Sandro gravou 52 álbuns e vendeu oito milhões de discos.

(Com agência France-Presse)

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