quarta-feira, 10 de maio de 2023

Roberto Carlos volta a Campo Grande para show em junho

 

                                             Divulgação

Com ingressos a partir de R$ 160, já disponíveis para venda on-line, Roberto Carlos se apresenta no Guanandizão no dia 9 de junho; vendas físicas começam amanhã no Shopping Campo Grande, com valor solidário para quem doar alimentos

Ídolo de multidões desde a década de 1960, também considerado uma referência entre músicos de diversas matizes e gerações, o cantor Roberto Carlos volta a se apresentar em Campo Grande no dia 9 de junho, às 21h, no Ginásio Guanandizão.


Os ingressos, entre R$ 160 (meia-entrada para a arquibancada) e R$ 820 (inteira para o setor azul), estão disponíveis para venda on-line desde as 14h de ontem, pela plataforma eventim.com.br/robertocarlos.


O comércio presencial terá início amanhã, no Shopping Campo Grande, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e no sábado, das 9h às 13h. A doação de 1 kg de alimento não perecível permite a aquisição do ingresso solidário.


O último show do Rei em Campo Grande foi há quase quatro anos, em agosto de 2019, no espaço Bosque Expo (Shopping Bosque dos Ipês).



Antes, Roberto Carlos havia se apresentado em 2015, no mesmo Guanandizão para onde retorna com a sua majestade simbólica, conquistada ao custo de um marketing muito bem aparado, sim, senhor, mas também em decorrência de um inquestionável e enorme talento para cantar e compor, especialmente, canções românticas.


POR ONDE ANDA

Com 33 álbuns lançados, Roberto Carlos já gravou canções em português, espanhol, italiano, inglês, entre outros idiomas. Recentemente, lançou mais uma gravação do clássico “Evidências”, sucesso que fez parte da trilha sonora da novela “Travessia”.


O cantor integra a lista da revista Global Concert Pulse como um dos 30 artistas de maior público nos Estados Unidos, ao lado de nomes como Elton John, Cher, Kiss e outros gigantes da música mundial.


O astro reforçou essa posição no ano passado, ao levar sua turnê a 12 cidades dos Estados Unidos (Miami, Orlando, Atlanta, Nova York, Boston, Washington, Chicago, Los Angeles, El Paso, Dallas, McAllen e Houston), atingindo um público de aproximadamente 100 mil pessoas.


No segundo semestre, o cantor apresentou sua turnê por várias cidades brasileiras, além de realizar, na semana dos namorados, o Projeto Emoções na Praia do Forte, na Bahia.


Roberto Carlos iniciou este ano recebendo o United Earth Amazonia Award, o “prêmio Nobel verde”, pelo conjunto de sua obra musical que desenvolveu em parceira com Erasmo Carlos em prol da defesa e preservação do meio ambiente, da Amazônia e da sustentabilidade do planeta.


Em seguida, a bordo do transatlântico MSC Fantasia, foi a vez de participar da 17ª edição do Emoções em Alto Mar. A lotação, esgotada com bastante antecedência, sem falar da lista de espera com mais de 300 pessoas, consolidou o sucesso desses encontros marítimos.


No dia 19 de abril, o Rei comemorou seu aniversário de 82 anos com um show em sua cidade natal, Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. O repertório da apresentação incluiu uma canção até então inédita, “Ofereço Flores”, dedicada aos fãs.


CARREIRA

O artista começou a cantar na rádio aos 9 anos. Na juventude, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde formou, com amigos de escola, o conjunto vocal The Sputniks e depois, já com Erasmo Carlos (1941-2022), seu parceiro em centenas de canções, o The Snakes.


A primeira gravação do Rei, a bossa nova “João e Maria”, foi em 1959, pela Polydor. Em 1960, gravou um novo disco de 78 rpm e, com o primeiro LP, a música “Louco Por Você” estourou rapidamente. Com aparições frequentes em programas televisivos, começava ali um caminho de sucesso, sendo reconhecido em todo o País.


Em 1963, com o lançamento do disco “Splish Splash”, Roberto Carlos transforma-se em um dos mais populares artistas jovens da época. O ano seguinte é marcado pelo lançamento de “É Proibido Fumar”, cheio de canções que se tornariam clássicos da música brasileira, como “O Calhambeque”.


Com a explosão mundial dos Beatles, o rock estava chegando ao Brasil, manifestando-se por meio do movimento que o colocaria ainda em mais evidência, a Jovem Guarda, sendo recordista de audiência entre os jovens e um dos maiores sucessos da TV brasileira até hoje.


Em novembro de 1965, veio o LP “Jovem Guarda”, revolucionando a linguagem musical da época, com canções como “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”.


ITÁLIA

“Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” traria mais sucessos e proporcionaria sua estreia no cinema no ano seguinte. Impulsionado pelo disco, o filme de mesmo nome, de Roberto Farias, estrelado pelo Rei e com participações de Wanderléa e Erasmo Carlos, bateu recordes de bilheteria.


Roberto foi à Itália e voltou vencedor do Festival de Sanremo de 1968, no qual defendeu a música “Canzone Per Te”, de Sérgio Endrigo e Bardotti. Foi o primeiro estrangeiro a conseguir tal façanha.


O ano seguinte trouxe o lançamento de um novo longa, “Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa”, que mais uma vez arrastou multidões às telonas.


Musicalmente, o Rei já não estava mais em ritmo de aventura. Seu amadurecimento como compositor e intérprete começava a ficar evidente no novo álbum. Músicas como “Sua Estupidez” e “As Curvas da Estrada de Santos” são uma prévia do romântico das próximas décadas.


Assim, lançou seu terceiro filme, “Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora” ao tempo em que virava ídolo também no exterior, principalmente nos países de língua latina.


Recordista de vendas em todo o Brasil, recebendo discos de ouro a cada lançamento, o Rei viu, em 1972, a cantora Ornella Vanoni chegar ao primeiro lugar das paradas europeias com versões em italiano para suas músicas.


“AMIGO” PARA O PAPA 

Em 1974, Roberto Carlos gravou o primeiro especial de Natal para a Globo. Inaugurava-se ali uma tradição que se repete até hoje, sempre com a participação de convidados.


O Rei também se consagrou o primeiro artista brasileiro a atingir a marca de mais de um milhão de discos vendidos a cada lançamento.


A década de 1970 reservaria ainda mais dois momentos importantes: sua campanha em prol do Ano Internacional da Criança e a grande repercussão da música “Amigo”, que serviu de tema para a visita do papa João Paulo II ao México, onde foi cantada por um coro de crianças em transmissão ao vivo para todo o mundo.


Com suas músicas regravadas por artistas como Julio Iglesias e Ray Conniff, Roberto Carlos finalmente grava um LP totalmente em inglês.


Como resultado, a CBS lhe confere o Globo de Cristal, prêmio que oferecido aos artistas que atingem a marca de 5 milhões de discos vendidos fora de seu país de origem.


Seus LPs foram lançados em espanhol, italiano, inglês e francês. Em Portugal e na Espanha, “Cama e Mesa” chegou aos primeiros lugares das paradas.


POLÊMICA E GRAMMY

Nos últimos 40 anos, o Rei seguiu incólume, ainda que volta e meia permeado por controvérsias e polêmicas, como o apoio à censura ao filme “Je Vous Salue, Marie”, de Godard, e a sua rejeição, com as devidas medidas judiciais, à biografia “Roberto Carlos em Detalhes”, de Paulo Cesar de Araújo.


Após ter conquistado três Grammy, o Rei foi, em novembro de 2015, homenageado pelo Grammy Latino como personalidade do ano e lançou o CD “Primera Fila”, gravado em Londres, no estúdios Abbey Road.

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