quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Com dança e música, MS celebra 5º Festival Cultural do Chamamé

 

                                             Foto; Divulgação


Estado fronteiriço, Mato Grosso do Sul compartilha história e cultura com outros países sul-americanos. A relação é tão intrínseca com alguns vizinhos que ícones de Paraguai, Argentina e Bolívia se transformaram também em símbolos sul-mato-grossenses. É o caso do chamamé (ritmo criado na Argentina e muito presente no Paraguai e no Brasil).


No dia 29 de junho de 2021, o governador Reinaldo Azambuja deu ao chamamé o registro de bem de natureza imaterial de Mato Grosso do Sul por meio do Decreto Nº 15.708. O gênero musical passou a integrar o Livro de Registro dos Saberes, onde são inscritos conhecimentos e modos de fazer arraigados no cotidiano das comunidades. O registro é um instrumento legal de preservação, reconhecimento e valorização do patrimônio imaterial de Mato Grosso do Sul.



E nesta quinta-feira (15), Reinaldo Azambuja recebeu as delegações do Ministério da Cultura do Paraguai/Secretaria Nacional de Cultura e das províncias de Corrientes e do Chaco e da província argentina de Santa Fé para o 5º Festival Cultural do Chamamé, que será realizado até 18 de setembro em Campo Grande. Os chamamezeiros fizeram apresentações de música e dança no auditório da governadoria.


O governador lembrou que a proximidade cultural com Paraguai, Argentina e Chile ficará ainda maior com a conclusão da Rota Bioceânica – uma realidade cada vez mais próxima com a construção da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta (PY). “Não adianta ter só uma integração comercial. Precisamos, principalmente, preservar aquilo que faz parte da nossa cultura. O chamamé faz parte da cultura sul-mato-grossense. É um ritmo que encanta a todos nós”, afirmou. 


Para o secretário de Estado de Cidadania e Cultura, Eduardo Romero, a cultura ultrapassa fronteiras. “O chamamé é o ritmo fronteiriço e como ritmo fronteiriço ele influi e acaba envolvendo muitas conexões com a nossa cultura local. A guarânia, a polca, elas têm essa descendência, essa correlação. E a relação com a comunidade chamamezeira não se dá só nos ritmos, está na gastronomia, na moda. Mato Grosso do Sul por estar na fronteira com o Paraguai e proximidade com a Argentina, através desse festival aumenta essa integração e conexão de culturas porque a fronteira só existe para as divisões geográficas e administrativas; mas para a cultura e para os povos, não. Ela se mistura em todos os espaços”.



Com apoio do governo do Estado, o 5º Festival Cultural do Chamamé será realizado na Praça do Rádio (apresentações culturais) e na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (oficinas). A abertura oficial será nesta quinta-feira (15), às 19h30, com transmissão ao vivo pela TVE Cultura e pelas redes sociais da emissora e da TV Buenos Aires. 

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