quarta-feira, 27 de abril de 2022

Como se proteger do golpe do PIX

 

Golpistas acompanham a evolução da tecnologia para atrair e enganar consumidores

MARCELO SALOMÃO

 

Hoje vamos relembrar algumas dicas para que os consumidores não caiam em golpes virtuais. Os golpes contra consumidores abrangendo novas tecnologias vem aumentando em Mato Grosso do Sul, pois os golpistas acompanham a evolução da tecnologia para atrair e enganar consumidores e, o PIX, por ser uma tecnologia relativamente nova, requer atenção redobrada. 


Nunca é demais lembrar que sempre a forma mais segura para utilizar a internet é a adoção de algumas medidas como utilização de senhas diferentes; evitar programas piratas; nunca passar códigos de segurança; utilizar antivírus e, sobretudo, na medida do possível, evitar a utilização de redes públicas (sinais de internet gratuitos e livres de aeroportos, shoppings, etc.). Já para o PIX, outra valiosa dica é configurar limites junto ao banco.


Desenvolvido pelo Banco Central do Brasil para facilitar a vida do consumidor, que, em segundos, consegue realizar transferências e pagamentos para qualquer banco, infelizmente tem crescido o número de golpes cometidos por criminosos que utilizam o PIX para roubar senhas e efetuar fraudes. 


O consumidor deve ficar muito atento, por exemplo, ao receber um link por SMS com informações referentes a PIX que desconhece ter feito, pois trata-se, na maioria das vezes, de golpe. Igualmente, é muito importante que o consumidor esteja atento se receber mensagens que contenham solicitação de dados pessoais, bancários, senhas, chaves de acesso ou de quantias de dinheiro. 


Outro golpe comum, que envolve transações via PIX, é a clonagem de WhatsApp ou o golpe do “troquei de número”. Sem perceber tratar-se de fraude, o consumidor repassa para os criminosos códigos de autenticação do aplicativo e os golpistas se passam pelo consumidor e pedem dinheiro emprestado para contatos conhecidos por meio de transferência via PIX. 


Mas, e se o consumidor cair em algum golpe? Ora, o Código de Defesa do Consumidor – CDC estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor, sendo seu dever, portanto, arcar com prejuízos decorrentes dos serviços ofertados e prestados de forma defeituosa. No caso do PIX, de forma insegura. 


A falha na segurança na prestação de serviços bancários possibilita a ocorrência de fraudes, se tratando, portanto, de um defeito do serviço. 


Contudo, para evitar cair em golpes e fraudes os consumidores devem sempre conferir o remetente dos e-mail recebidos; cadastrar suas chaves PIX apenas em canais oficiais dos bancos; não compartilhar códigos nem senhas fora do site do banco ou aplicativo; não efetuar transferência para amigos ou parentes sem confirmar que realmente se trata da pessoa em questão e, caso o consumidor seja vítima de golpe, deve registrar, imediatamente, um boletim de ocorrência, comunicar a instituição financeira e reclamar junto aos órgãos de proteção e defesa do consumidor e no Judiciário. 


Colunista do Jornal Correio do Estado

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