terça-feira, 2 de março de 2021

Subprodutos do setor pesqueiro viram bioplásticos

 

                                                           Marcel Oliveira

Por:  -Leonardo Gottems

O Instituto Tecnológico do Plástico da Espanha (IMPLAS), coordenou o projeto europeu DAFIA, cujo objetivo era valorizar os resíduos sólidos urbanos e os resíduos da indústria pesqueira para a obtenção de novos produtos e aditivos de alto valor agregado. O resultado tem sido retardantes de chama alternativos aos halogenados, embalagens de barreira sustentáveis e revestimentos comestíveis que estendem a vida útil dos alimentos, bem como produtos químicos para produzir novos plásticos a partir de fontes renováveis. 



Os 15 sócios que compõem o consórcio do projeto trabalham nos últimos quatro anos com resíduos que aparentemente não têm valor agregado, como resíduos sólidos urbanos (lixo doméstico) e subprodutos gerados pela indústria pesqueira. Destes últimos, foram extraídos e formulados aditivos retardadores de fogo em escala de planta piloto que podem ser utilizados no setor automotivo para fornecer resistência ao fogo a poliamidas com componentes alternativos aos halogenados, cujo uso é restrito por serem considerados perigosos para as pessoas.  


Nesse caso, ressaltam da AIMPLAS, a vantagem é dupla, pois são aditivos com as mesmas propriedades dos convencionais, mas que respeitam a saúde e também o meio ambiente, por serem provenientes de fontes renováveis. A partir dos resíduos da indústria pesqueira também foi possível obter materiais alternativos ao EVOH (de origem petroquímica) com propriedades de barreira ao oxigênio. É uma formulação à base de gelatina que pode ser incorporada ao filme do recipiente do alimento ou embrulhar o próprio alimento na forma de coberturas comestíveis que permitem estender sua vida útil. 

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