segunda-feira, 22 de março de 2021

Soja: cooperativas trabalham praticamente sem margens no RS

 


Já no Paraná, o foco na colheita está derrubando os preços
Por:  -Leonardo Gottems


Embora as colheitas tenham retornado depois da pequena chuva ocorrida no Estado, o mercado de soja não vai bem, segundo as informações da TF Agroeconômica, já que os valores no geral caíram em todas as regiões. “No chamado "preço de pedra", que se refere à compra no balcão feita por cooperativas e cerealistas, está ao redor de R$ 162,00 e o preço da revenda no mercado de lotes em R$ 163,00, revelando margem insuficiente, que não cobre os custos de recebimento, limpeza, secagem, armazenagem e lucro dos agentes do mercado de lotes, deixando os negócios em uma situação difícil com quase nenhum volume negociado", comenta. 



“Estima-se  que,  para  tornar  o  negócio  rentável  para essas  empresas,  é  preciso  que  a  soja  balcão  esteja  ao menos  R$3,00  por  saca  mais  barata  do  que  a  soja trabalhada. Fora  isso,  pequenos  volumes  foram  vistos  rodando  à R$165,00 para o interior, cerca de 1000 toneladas e 600 toneladas foram vistas rodando na região de espumoso para pagamento nesse dia 30”, completa. 


No estado de Santa Catarina, a colheita chega à 35%. “Para a soja catarinense as coisas também estiveram bem paradas, com apenas pequenos volumes rodando à R$166,00 rumo Porto de São Francisco do Sul para entrega em abril, ademais faltaram tomadores assim como oferta, pois com a queda de preços a mercadoria tende a ser fortemente segurada”, indica. 


Já no Paraná, o foco na colheita está derrubando os preços. “A  colheita  já  ultrapassou  50%  e  a  pressa  não  diminui, embora os preços continuem caindo consideravelmente com  mais  de  R$4,00  reais  por  saca  de  perda  desde  o começo da semana.  A  maior  parte  da  mercadoria  já  foi  negociada anteriormente”, conclui. 

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