Uma observação global da contínua secagem atmosférica, conhecida pelos cientistas como um aumento no déficit de pressão de vapor, que foi observada em todo o mundo desde o início dos anos 2000, considera que esse fenômeno pode diminuir produção das safras e também a altura das árvores. As informações são da Universidade de Minnesota.
"Quando há um grande déficit de pressão de vapor, nossa atmosfera retira água de outras fontes - animais, plantas, etc.", disse o autor Walid Sadok, professor assistente do Departamento de Genética Vegetal e Agronomia da Universidade de Minnesota. “Um aumento no déficit de pressão de vapor impõe uma maior demanda para a safra usar mais água. Por sua vez, isso coloca mais pressão sobre os agricultores para garantir que essa demanda por água seja atendida, seja por meio de precipitação ou irrigação, para que a produção não diminua”, completou.
"Acreditamos que o aumento da secagem atmosférica causada pelas mudanças climáticas reduzirá a produtividade das plantas e os rendimentos das safras, tanto em Minnesota quanto globalmente", disse Sadok.
Em sua análise, os pesquisadores suspeitaram que as plantas sentiriam e responderiam a esse fenômeno de maneiras inesperadas, gerando custos adicionais de produtividade. As descobertas confirmam que várias espécies de plantas, como trigo, milho e até bétulas, se inspiram na seca atmosférica e antecipam eventos futuros de seca.
Por meio desse processo, as plantas se reprogramam para se tornarem mais conservadoras, ou seja: ficam menores, mais curtas e mais resistentes à seca, mesmo que a própria seca não ocorra. Além disso, devido a esse comportamento conservador, as plantas são menos capazes de fixar CO 2 atmosférico para realizar a fotossíntese e produzir sementes. O resultado líquido? A produtividade diminui.
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