sábado, 20 de março de 2021

"Mesmo quem tem plano de saúde, não conseguirá atendimento", diz secretário sobre falta de leitos

 

Batendo recorde todos os dias, Mato Grosso do Sul tem 968 internados nesta sexta-feira (19)


Naiara Camargo

Mais uma vez, Mato Grosso do Sul bate novo recorde: já são 968 pessoas internadas, sendo 553 em leitos clínicos (363 público; 190 privado) e 415 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (312 público; 103 privado).


A ocupação global de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) na macrorregião de Campo Grande está em 105%; Dourados 98%; Três Lagoas 94% e Corumbá 100%.



As informações são do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES) desta sexta-feira (19).


Leitos estão sendo improvisados e doentes estão em locais inadequados, informou o o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende. “Pessoas estão em prontos socorros, ala vermelha, ala azul e centros cirúrgicos já que não estão fazendo cirurgias eletivas. Isso nos preocupa”, disse.


Resende afirma que as vagas de leitos que surgem são de óbitos que ocorrem. “Mesmo para quem tem o melhor plano de saúde, não vai ter acesso nem à leitos de UTI e nem clínicos. O melhor plano de saúde é ficar em casa”.


“Não há mais leitos. Nem se você tiver condição financeira de ir para outro Estado”, complementa a secretária adjunta de Saúde, Christinne Maymone.


Nesta quinta-feira (18), 129 pessoas aguardavam por uma vaga em hospitais em Mato Grosso do Sul. A maioria dos cidadãos na lista de espera é da Capital.


Hospitais particulares de Campo Grande se manifestam que "alcançaram o limite". Cassems, Unimed, do Coração (Clínica Campo Grande), Proncor, Pênfigo e El Kadri fizeram um pronunciamento conjunto nesta segunda-feira (15).


Em carta, informam que as unidades hospitalares enfrentam dificuldades para regulação de leitos de UTI e semi-intensiva; contratação de profissionais de saúde e aquisição de equipamentos e medicamentos. Além disso, não possuem mais capacidade de ampliar seu espaço físico.


O objetivo do documento assinado pelas instituições é de conscientizar sul-mato-grossenses a respeito da gravidade da situação no Estado, principalmente na Capital.


Com informação do Portal Correio do Estado

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