segunda-feira, 15 de março de 2021

Lançada linha de fertilizantes especiais para orgânicos

 

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Maioria dos produtos com selo orgânico não possuem tecnologia embutida
Por:  -Leonardo Gottems


Foi anunciada na manhã desta segunda-feira (15 de Março) o lançamento de uma linha com mais de 35 produtos voltados ao mercado de orgânicos. Chamdas de “Incentia”, as tecnologias produzidas pela multinacional de origem alemã DVA Agro inclui macro, micronutrientes e bioestimulantes especializados para produção biológica.



A linha Incentia, explica a fabricante, foi pensada e desenvolvida para o uso em plantações orgânicas de alto rendimento e também em cultivos convencionais. Os diferenciais deste portfólio, segundo a DVA Agro, são a concentração de nutrientes e a solubilidade em água dos produtos.


“A grande maioria dos produtos que existem hoje no mercado com selo orgânico não possuem tecnologia embutida, quer dizer, são para aplicação no solo na sua grande maioria. Não temos nenhum produto insolúvel e 100% do nosso catálogo está pensado para aplicação foliar e fertirrigação”, diferencia Andres de la Cruz Perez, líder global de nutrição de plantas da DVA Agro.


Um ponto que é pouco falado pelo grande público é que os cultivos orgânicos geralmente utilizam estercos e restos vegetais como adubo – o que pode ser tanto ineficiente quanto perigoso para a saúde humana. Os fertilizantes especiais, porém, fornecem níveis de nitrogênio, fósforo e potássio, cálcio, magnésio e microelementos nos níveis de produtividade profissional. 


“Na linha que criamos, tanto os macronutrientes como micronutrientes e bioestimulantes, possuem concentrações maiores que a média do mercado, para que os cultivos orgânicos possam obter bons rendimentos e produtividade”, aponta Perez.


De acordo com ele, a fisiologia das plantas é outro ponto chave, já que os produtos da linha propiciam também “ferramentas” para que uma planta esteja mais sã, e assim ser mais resistente ao ataque de pragas e doenças. “Esse é um conceito holístico dentro de um manejo na produção agrícola”, onde desenhamos produtos que cumpram várias funções ao mesmo tempo, não só apenas de nutrir os cultivos, mais também de bioestimular, desestressar, induzir resistência interna, proteger, etc”, afirma o líder da multinacional.


Para garantir que toda a linha Incentia possa ser utilizada para a produção orgânica no Brasil, a DVA Agro submeteu os produtos a análise e certificação da EcoCert, maior certificadora do ramo no mundo. “No nosso caso, nós solicitamos a intervenção de um organismo externo, que nos audite e realize as inspeções sobre a nossa produção, inclusive auditam os nossos fornecedores de matéria prima, para que tudo cumpra com as normativas. Possuímos o selo EcoCert, que nos certifica todas as matérias primas utilizadas, fornecedores, linha de fabricação e embalagem”, relata o líder da empresa.


NICHO VIROU TENDÊNCIA


Segundo Perez, no Brasil os orgânicos ainda são um nicho de mercado, principalmente nos grandes centros urbanos, mas o cenário está mudando. “Nós não podemos estar alheios a essa tendência e a essa necessidade de dar uma resposta aos agricultores que estão nessa forma de produzir”, destaca.


“Se falarmos de anos atrás, esse nicho era minúsculo. Mas, está crescendo fortemente e seguindo os demais consumidores mundiais, pois tem chegado cada vez mais informação sobre esses hábitos. A internet é um meio de informação muito grande, e contribui muito para essa disseminação”, conta Andres.


Um dos principais focos da DVA Agro com a nova linha hoje é a região produtora de Petrolina/PE e Mossoró/RN, além das zonas exportadoras de mamão no Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo, que hoje, de acordo com Andres, já atuam fortemente com os alimentos orgânicos. Principalmente para exportação aos mercados externos, que são extremamente exigentes.


“Para esse produtor fechar um contêiner de manga, uva, mamão ou outro cultivo, ele tem que cumprir as regras do destino, não as regras do Brasil. Isso muda completamente a história, porque lá existem protocolos que têm que ser cumpridos. Além do produto ter que ser desenvolvido com selo ecológico aceito naquele determinado país que receberá a carga, usando insumos também registrados e com selo ecológico”, explica o líder da DVA Agro.

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