segunda-feira, 8 de março de 2021

Com novo recorde de internados, Dourados e Capital atingem 100% de ocupação de leitos

 




Nas últimas 24 horas, foram registradas 25 mortes e 652 novos casos do coronavírus em Mato Grosso do Sul

Gabrielle Tavares, Naiara Camargo

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES) desta segunda-feira (8) a macrorregião de Campo Grande atingiu 100% de ocupação global dos leitos e Dourados, 101%. A marca chega no mesmo dia em que o Estado bate novamente o recorde de internados por Covid-19: 724.


Do total no Estado, são 387 em leitos clínicos (275 público e 112 privado) e 337 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (259 público e 78 privado). Em isolamento domiciliar encontram-se 9.559 pessoas. 


"Hoje é maior dia de número de pacientes internados com Dourados e Campo Grande acima de 100%, que significa que tem leitos habilitados e começa a utilizar outros locais dentro dos hospitais para internar os pacientes. Só que os recursos são finitos e as necessidades são infinitas", lamentou a secretária-adjunta da SES, Crhstinne Maymone.


Para conseguir atender a demanda, o Hospital Regional começará a utilizar sala da endoscopia para abrigar os pacientes, porque todos os leitos estão lotados.


No sábado (6), o HRMS já havia apresentado 100%  dos leitos ocupados e transferiu pacientes para hospitais particulares. Secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende alertou que o colapso em hospitais do Estado está próximo. "Estamos vivendo o momento mais crítico durante todo o período da doença". 


É a terceira vez que o número de internações bateu recorde. A primeira vez foi em dezembro, com 678 pacientes hospitalizados, e a segunda foi na última semana, com 712 internados.



Nas últimas 24 horas, foram registradas 25 mortes e 652 novos casos do coronavírus em Mato Grosso do Sul. Com isso, o Estado chega a 188.267 confirmações, 3.469 mortes e 174.515 recuperados.


De ontem para hoje, Campo Grande registrou 367 novos casos; Corumbá 26; Dourados 69; e Três Lagoas 56. 


Vacinômetro

A plataforma disponibiliza qual é a situação no processo de imunização em cada município do Estado.


As pessoas poderão informar-se quantas pessoas já foram vacinadas; quais são os grupos que estão sendo vacinados e quantas vacinas cada município já recebeu. Futuramente, será possível consultar laboratórios fornecedores.


Segundo dados da ferramenta, 192.102 doses já foram aplicadas no Estado.


Doses em MS

No dia 18 de janeiro, 158.760 doses da vacina Coronavac desembarcaram na Base Aérea de Campo Grande.


Em 22 de janeiro, 2 milhões de doses da vacina de Oxford chegaram no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.


Depois, seguiram para o Rio de Janeiro. Desse número, 22 mil chegaram no Estado no dia 24 de janeiro.


No dia 25 de janeiro, 10,2 mil doses da vacina Coronavac desembarcaram no Aeroporto Internacional de Campo Grande em um voo da Latam.


Mais 32 mil doses da vacina Coronavac chegaram em 7 de fevereiro no Aeroporto Internacional de Campo Grande. As vacinas vieram acondicionadas em 160 caixas.


Em 24 de fevereiro, o Estado recebeu 35,7 mil doses da Coronavac e AstraZeneca.


Sexta remessa, com 27,8 mil doses da Coronavac, desembarcou no Aeroporto Internacional de Campo Grande na manhã de 3 de março.


As vacinas já estão em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. A cada lote de entregas, os imunizantes vão sendo distribuídos imediatamente.


A força tarefa de distribuição de vacinas contou com o apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.


“Em menos de 24 horas, nós chegamos a todos os 79 municípios. Foi uma integração de resultado que funcionou muito bem. Mato Grosso do Sul deu um exemplo ao Brasil na logística da entrega de vacinas”, disse o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB).


De acordo com o Instituto Butantan, eficácia geral da Coronavac é de 50,4%. Mato Grosso do Sul pretende vacinar toda sua população até julho deste ano.


O governo do Estado apresentou ao Supremo Tribunal Federal uma petição para compra de mais de 500 mil doses do imunizante Sputnik V em negociação com mais sete estados. São eles: Bahia, Piauí, Espírito Santo, Paraíba, Sergipe, Maranhão e Pernambuco.


Vacina

O secretário de Estado de Saúde pede para que a população se vacine e destaca a importância da ciência em todo o processo.


“Além do processo de higiene, usar máscara, distanciamento social, a gente aponta mais uma coisa importante no processo de enfrentamento à Covid-19: a vacina”, cita.


“Não dê espaço para aqueles que jogam no obscurantismo e nem para aqueles que querem voltar aos tempos das trevas. A vacina é uma grande conquista da ciência e da humanidade”, complementa.


Ainda segundo o secretário, a vacina, além de ser um ato de vontade própria, também é um ato de vontade coletiva de fazer com que a pandemia seja cessada.


Em Campo Grande, o sistema de imunização seguirá à risca as determinações orientadas pelo Ministério da Saúde. "A prioridade já vem determinada, vem engessada do governo federal”, afirma.


Sintomas do novo coronavírus

É possível que o cidadão esteja infectado pelo vírus da Covid-19, caso apresente os seguintes sintomas:


Febre

Tosse seca

Perda do olfato

Perda do paladar

Falta de ar

Dificuldade para respirar

Dor ou pressão do peito

Orientações

A SES afirma que o isolamento social; o uso de máscara e álcool gel e a higienização das mãos com água e sabão são medidas imprescindíveis para conter a propagação do novo coronavírus.


Pessoas que apresentarem febre, tosse seca ou dor de garganta devem permanecer em isolamento por 14 dias e procurar uma unidade básica de saúde mais próxima.


“Qualquer sintoma, não importa sua idade, se você é uma criança ou idoso. Vá a uma unidade de saúde”, pede a secretária adjunta.


“A doença tem comportamento diferente de pessoa para pessoa. Procure atendimento médico”, acrescenta.


“É importante o isolamento, uso de máscara, a proteção individual e a diminuição das aglomerações. A pandemia não passou. Vidas estão sendo perdidas todos os dias”, apela o governador do Estado.


É importante ressaltar que mesmo já imunizado, o paciente demora cerca de um mês para criar imunidade contra o vírus, por isso, é aconselhado o uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social.

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