sexta-feira, 12 de março de 2021

Argentina exporta mosca estéril para controlar praga de frutas

 

País é um dos líderes no material biológico para o controle da mosca da fruta
Por:  -Eliza Maliszewski


A Argentina iniciou a exportação de moscas estéreis de Ceratitis capitata (Mosca do Mediterrâneo ou Mosca das frutas) para a Bolívia e Chile, a serem utilizadas no controle dessa praga. O país é um dos líderes da região no fornecimento desse material.



As moscas estéreis são produzidas na Bioplanta do Instituto de Saúde e Qualidade Agropecuária Mendoza (ISCAMEN). A Argentina fornecerá à Bolívia moscas mediterrâneas estéreis para o controle da peste no departamento de Cochabamba, localizado na zona central do país, com a presença em produções de pêssego, mamão, pinha, maçã e cítricos. Para formalizar a aquisição do Chile amostras foram envidas para serem avaliadas.


O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Mosca da Fruta na Argentina (Procem) utiliza a Técnica do Inseto Estéril (SIT) como uma das principais ferramentas para o manejo integrado da Mosca do Mediterrâneo.


A técnica consiste na criação e liberação maciça de moscas machos estéreis, que ao copular com fêmeas selvagens não deixam descendentes. Desta forma, o ciclo de vida da espécie é interrompido, permitindo que suas populações sejam reduzidas em áreas onde ela está presente em níveis baixos, e minimizando o risco de multiplicação e sobrevivência das moscas férteis.


Após um complexo processo de criação em massa em biofábricas, as moscas estéreis são liberadas no meio ambiente por meio de aviões ou em terra. Essas moscas possuem um pigmento fluorescente na cabeça, o que permite diferenciá-las das moscas férteis em laboratório, por meio do uso de lâmpadas ultravioleta.


O ataque desta praga provoca sérios danos aos frutos de diversas culturas como cacau, café, frutas de caroço, citros, manga, pimentas, maçã e uva. 


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