segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Preso de MS envolvido em plano para matar juiz de Tocantins


DAIANY ALBUQUERQUE

Uma operação da Polícia Civil de Tocantins cumpre mandado de prisão no presídio de Segurança Máxima de Campo Grande contra uma facção criminosa que teria feito um plano para matar um juiz de Palmas (TO). Neste momento equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) estão na penitenciária.

Entretanto, conforme a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) o documento ainda não teria chegado ao órgão, que aguarda notificação para cumprir a determinação judicial. O mandado faz parte da operação Praetorium Minati, que cumpre ao todo 29 mandados de prisão e outros 29 de busca e apreensão.

Segundo o delegado de Palmas, Eduardo Menezes, da Delegacia de Investigação Criminal (Deic) e que é responsável pelas investigações, no dia 18 de janeiro de 2018 foi encontrada uma carta escrita à mão em um dos pavilhões da Casa de Prisão Provisória de Palmas, onde o detento autor do texto diz que caso ele permanecesse preso o magistrado responsável “queimaria no fogo do inferno”.

Em outro bilhete encontrado do presídio havia a encomenda do assassinato para o juiz, dando referência a organização criminosa. “No ponto, destaco que o criminoso responsável pela confecção do bilhete deixa claro aos seus destinatários que um adolescente de outro estado seria recrutado para execução do ‘serviço’”, declarou Menzes durante entrevista.

As investigações identificaram também que a facção tem mais de 500 integrantes em atuação só em pelo Tocantins. “O grupo é tão organizado que chega a fazer teleconferências entre os integrantes. Em um dos diálogos identificados, que os suspeitos falam em comercialização de drogas na Praia da Graciosa (TO). E em outro, falam da comercialização de cocaína pura”, contou o delegado.

No Tocantins, a operação é realizada nas cidades de Palmas, Paraíso, Guaraí, Tocantinópolis, Colinas, Oliveira de Fátima, Arraias e Nova Rosalândia. Antes das 8h, 25 pessoas já estavam presas.

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