terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Defesa admite dupla identidade e pede liberdade de sucessor de "Minotauro"



Campo Grande News


A defesa de Ederson, 30, apontado como o sucessor do narcotraficante “Minotauro” na fronteira, entrou com um novo pedido de liberdade na justiça. Ele está preso desde o dia 19 de janeiro, após se envolver em briga de trânsito em Ponta Porã, chegou a pagar R$ 80 mil de fiança, mas teve a soltura suspensa após o Ministério Público constatar que ele apresentou uma identidade falsa às autoridades.

No novo pedido da revogação da prisão preventiva, a advogada Paula Monezzi admite que o cliente possui dois documentos de identidade, mas argumenta que “em nenhum dos nomes do acusado, contem ficha criminal, qualquer passagem pela policia ou qualquer fato que desabonasse sua conduta até o presente momento”.

Segundo o site Campo Grande News, no documento, a defesa também nega que a intensão do cliente era ter um documento brasileiro para usar no “SUS”, “enganar a justiça brasileira” ou “autoridades policiais”, mas sim se proteger caso estivesse sendo perseguido no Paraguai. Entre as alegações, Monezzi também alega que o cliente sempre colaborou com a investigação até a audiência de custódia e não oferece risco a ordem pública ou ao andamento das investigações, caso seja solto. A advogada ainda defende que Benitez só ocultou a sua verdadeira identidade “em um ato de desespero”, por medo de ir para a prisão já que nunca havia sido detido.

O pedido foi ingressado na Vara Criminal de Ponta Porã na última quinta-feira (06) e a defesa ainda aguarda a decisão da justiça.

O caso

No último dia 19 de janeiro, policias flagraram Salinas na rua, armado com pistola calibre 380, discutindo com Fábio, 23 anos, este, com pistola calibre 9 mm. Além deles, também foi preso o seu cunhado, Rodrigo, que dirigia a Toyota SW4 e, segundo os policiais, em visível estado de embriaguez.

Na delegacia, Edson e o cunhado disseram que o motorista do Gol emparelhou com a SW4, apontou uma arma para eles e fugiu. Após perseguição, a briga evoluiu para ameaças, mas foi interrompida pela polícia. Fábio alegou que começou a ser seguido depois de forçar ultrapassagem.

No carro com ele estavam a mulher, a cunhada e dois filhos de, 3 e 2 anos. Pouco antes de a polícia chegar, a família diz que ameaçada por Edson. Testemunhas relataram que Salinas gritava que “eles não sabiam com quem estavam mexendo” e chegou a mostrar uma foto no próprio celular para provar ter matado gente importante. Rodrigo foi indiciado por ameaça, porte ou posse ilegal de arma e condução de veículo sob efeito de álcool. Ele foi liberado após pagar fiança de R$ 40 mil. Edson e Fábio por ameaça e porte de arma ilegal.

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