domingo, 2 de fevereiro de 2020

Brasil está na competição de Berlim 2020 com "Todos os Mortos"




Cine Web


O Brasil participará da competição pelo Urso de Ouro em 2020 em Berlim, com o filme Todos os mortos, uma coprodução franco-brasileira dirigida pelos diretores Marco Dutra (Trabalhar Cansa) e Caetano Gotardo  (O que se move). O Brasil já venceu por duas vezes o prêmio principal desta competição: em 1998, com Central do Brasil, de Walter Salles, e em 2008, com Tropa de Elite, de José Padilha. O festival alemão ocorre entre 20 de fevereiro e 1º de março.

No enredo do filme, que se passa 11 anos após o fim da escravidão, duas famílias, uma branca, os Soares, e outra negra, os Nascimento, guiam a trama.

A história é conduzida pelas mulheres das famílias, interpretadas por Mawusi Tulani (dos espetáculos “Bom Retiro 948 metros” e “Cartas de Despejo”), Clarissa Kiste (do longa “Trabalhar Cansa” e atualmente no elenco da novela “Amor de Mãe”), Carolina Bianchi (das peças “Lobo” e “Mata-me de Prazer”) e Thaia Perez (dos filmes “Aquarius” e “O Homem Cordial”). O jovem Agyei Augusto (do musical “Escola do Rock”) é um dos protagonistas do filme, que também tem participações especiais da cantora Alaíde Costa, da atriz portuguesa Leonor Silveira (conhecida por seu trabalho com o diretor Manoel de Oliveira) e de Thomás Aquino (“Bacurau”).

A trilha sonora é composta por Salloma Salomão, músico, historiador e educador com profunda pesquisa no cruzamento entre a música brasileira e as tradições da cultura e da música africanas.

Brasileiros em outras mostras

Dezessete outros filmes brasileiros, incluindo coproduções com outros países, já haviam sido confirmados previamente confirmados na programação de Berlim 2020, ano em que o evento completa sua 70a. edição sob uma nova curadoria. São eles: Os longas “Meu nome é Bagdá”, de Caru Alves de Souza; "Irmã", de Luciana Mazeto e Vinicius Lopes; "Alice Jr.", de Gil Baroni, e o curta "Rã", de Julia Zakia, que integram a mostra Generation; na mostra Panorama, os longas “Nardjes A.”, de Karim Aïnouz, filmado na Argélia, que segue a vida da jovem ativista Nardjes, parte de uma geração cujos pais e avós lutaram pela independência daquele país; o documentário paraense “O reflexo do lago”, do estreante Fernando Segtowick, sobre os reflexos ambientais e humanos da hidrelétrica de Tucuruí; "Vento seco", de Daniel Nolasco; "Un crímen comun", de Francisco Márquez, coprodução com Argentina e Suíça; e “Cidade Pássaro”, de Matias Mariani, coprodução entre Brasil e França que acompanha a busca de um músico nigeriano por seu irmão em  São Paulo; na mostra Fórum, “Vil, má”, de Gustavo Vinagre; “Luz nos trópicos”, de Paula Gaitán; e a coprodução

Uruguai/Argentina/Brasil/Holanda/Filipinas “Chico Ventana también quisiera tener un submarino”, de Alex Piperno; e, na mostra Fórum Expanded,outros cinco títulos: “Apiyemmiyeki”, de Ana Vaz, coprodução entre Brasil, França e Holanda; “Jogos dirigidos”, de Jonathas Andrade; (Outros) Fundamentos”, de Aline Motta; “Vaga carne”, de Grace Passô e Ricardo Alves Jr.; e “Letter from a Guarani woman in search of the land without evil”, de Patricia Ferreira Pará Yxapy.
Neusa Barbosa

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