Agência Brasil
O plenário do Senado aprovou na noite de terça-feira o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência em primeiro turno, mas a conclusão da votação foi adiada para esta quarta-feira após a aprovação de um destaque que derrubou novas regras mais rígidas sobre o abono salarial e diminuiu a economia prevista com a reforma.
O parecer do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi aprovado com o voto de 56 senadores a favor e 19 contra, após uma sessão com fortes críticas da oposição à proposta.
Após a aprovação do texto principal, o plenário do Senado votou quatro dos 10 destaques que separavam trechos específicos para deliberação à parte, e foi aprovado um destaque proposto pela bancada do Cidadania que excluiu da reforma mudanças sobre o abono salarial que reduziriam o limite de renda mensal para ter direito ao benefício, de acordo com a Agência Senado.
Após a votação do destaque do abono, que representou uma derrota para o governo e reduziu a economia prevista com a reforma previdenciária, os senadores suspenderam a sessão, que será retomada nesta quarta-feira a partir das 11h.
Além de alguns destaques ainda pendentes, também não há definição sobre a votação da reforma em segundo turno no Senado, depois de senadores reclamarem do fato de o governo não ter cumprido compromissos assumidos com os parlamentares.
O alerta surgiu mais cedo na terça-feira, em reunião de lideranças com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e com a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), além do relator da Previdência.
De acordo com o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), o sentimento externado pela maioria dos senadores na conversa da manhã desta terça-feira deve-se principalmente ao pacto federativo e a questões regionais.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), defendeu a votação da reforma, mas reconheceu que é preciso sim avançar no pacto federativo. Ele disse ter certeza de que haverá uma solução muito em breve da questão.
Por Ricardo Brito, em Brasília, e Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro
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