Estadão
Morreu nesta segunda-feira, 30, o jornalista e escritor Newton Carlos. Ele completaria 92 anos em novembro. Durante cerca de seis décadas, Newton se tornou um dos maiores especialista na cobertura internacional de sua época, e ajudou a projetar o olhar da imprensa brasileira sobre o mundo.
Newton Carlos de Figueiredo nasceu em 19 de novembro de 1927 em Macaé, no norte do Estado do Rio de Janeiro, quando a cidade ainda não havia se tornado uma potência regional na exploração de petróleo. Iniciou sua carreira durante a década de 1950, no jornal carioca Correio da Manhã, já extinto.
Como repórter, cobriu alguns dos principais acontecimentos da política internacional. Golpes de Estado e revoltas na América Latina, guerras na Ásia, movimentos de independência na África, a projeção dos Estados Unidos durante o período da Guerra Fria e o ressurgimento da China como potência mundial foram temas de reportagens, colunas e também de seus livros. Newton Carlos escreveu obras como A Conspiração - De Kennedy ao Vietnam (1966), América Latina - Dois pontos (1978), Bush e a Doutrina das Guerras sem Fim (2003) e De Olho no Mundo (2010), entre outros.
Teve passagem por alguns dos principais jornais e TVs do País. Foi colunista de política internacional do jornal Folha de S Paulo por 25 anos, editor e articulista do Jornal do Brasil, dos jornais Zero Hora e Tribuna da Imprensa e da revista Manchete, além de redator da TV Globo e comentarista da Rede Bandeirantes por quase 30 anos.
Ele deixa a esposa, Eliana, e três filhas: Claudia, Marcia e Janaína. O velório acontece às 13h da terça, 1 de outubro, no Memorial do Carmo no Caju.
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