sábado, 24 de fevereiro de 2018

Azambuja culpa os políticos pela criminalização da política


                                         Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado


O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) culpa os políticos pela criminalização da política em razão dos escândalos de corrupção.A reportagem, de Adilson Trindade e Yarima Mecchi, na edição de sábado/domingo do jornal Correio do Estado.

Ele advertiu, no entanto, para o risco de os eleitores optarem por novas lideranças, sem preparo, que se aproveitam do momento de repulsa para tomar conta da atividade política do País. Mesmo sendo alvo, também, de investigações, Azambuja disse estar com a consciência tranquila, porque não praticou nenhum crime, e ressaltou não ter vergonha de ser político.

“Essa criminalização criou uma repulsa grande da sociedade com a atividade política. Aí começaram a surgir nomes ‘Os Salvadores da Pátria’, ‘Vamos Resolver o Problema’, ‘Não Sou Político’”, observou Azambuja.

Ele não citou nenhum nome dos novos políticos, mas, em Mato Grosso do Sul, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, responsável por mandar para cadeia barões do narcotráfico, surgiu como xerife para atacar a criminalidade no exercício da política. Ele foi lançado pré-candidato a governador pelo PDT, para ser o “salvador do Estado”. Tanto é que o seu discurso é de não ter como aliados em seu palanque políticos investigados, denunciados, processados e condenados.

O desgaste à imagem do político não inibirá o governador de partir para o enfrentamento em busca da reeleição. “Tenho o que mostrar de trabalho”, comentou. E também não tem medo de acusações no decorrer da campanha eleitoral, por estar seguro de não ter participado de nenhuma atividade ilícita.

“Eu não me envergonho de ser político, pelo contrário, eu tenho orgulho da atividade política”, afirmou. Para Azambuja, “a política tem de ser conduzida com responsabilidade, com critérios, com honestidade. Não adianta querer criminalizar a atividade política”.

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