quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Estados Unidos saem da Unesco e acusam agência de ser anti-Israel

                                           Foto AP

Governo americano condena aumento das dívidas do órgão e pedem reforma interna


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Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira que vão se retirar da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a partir de 31 de dezembro deste ano, anunciou o Departamento de Estado. De acordo com a gestão do presidente Donald Trump, a agência adota um viés anti-Israel e tem dívidas elevadas, necessitando de uma reforma interna. Washington afirmou que pretende estabelecer uma missão de observação no órgão da ONU em substituição a sua representação nela, informou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

Os Estados Unidos cortaram o financiamento à Unesco após o órgão decidir incluir a Autoridade Palestina como um membro em 2011, mas o Departamento de Estado manteve seu escritório na sede da agência em Paris, na tentativa de avaliar as políticas definidas. A decisão americana também é um desejo de economizar dinheiro, já que no projeto orçamentário da gestão Trump para o próximo ano fiscal não prevê a possibilidade de suspensão das restrições financeiras impostas à Unesco.

"Essa decisão não foi tomada levemente, e reflete as preocupaçõe dos Estados Unidos com o aumento das dívidas na Unesco, a necessidade de reformas fundamentais na organização e o continuo avanço anti-Israel na Unesco", disse o Departamento, acrescentando que os Estados Unidos buscaram "permanecer engajados (...) como um Estado não-membro observador para contribuir com as visões, perspectivas e expertise americanas.

Autoridades americanas, incluindo a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, já emitiram repetidas condenações a Unesco. Este ano, a agência foi pressionada pelos governos dos EUA e Israel após declarar a cidade palestina de Hebron como patrimônio mundial.

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