terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Campeão da Olimpiadas Brasileira de Matemática é aprovado em Princeton


G1

Desconcertado, Murilo Corato Zanarella, de 17 anos, solta uma risada tímida quando perguntado se é um viciado em olimpíadas de exatas. O jovem, que nasceu em Campinas e mora em São Paulo, já participou de 50 edições de diferentes provas de exatas, nacionais e internacionais, conquistando mais de 30 medalhas em olimpíadas de matemática, e acaba de ser aceito na Universidade de Princeton, em Nova Jérsei (EUA), após ter um desempenho notável em uma das provas.

A aprovação em Princeton veio logo após Murilo ganhar a medalha de ouro especial na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) e obter a prata na Olimpíada Internacional. O título brasileiro foi conquistado após um ótimo desempenho na prova, já que a diferença de pontos entre ele e o segundo melhor colocado na categoria ensino médio foi maior do que a média das provas – 379 pontos contra 302. O resultado da OBM foi divulgado na última quarta-feira (17).

Apesar de tantas conquistas, Murilo garante que não liga muito para a competição, e que as olimpíadas valem muito mais pela paixão à matemática. “A competição deixou de ser importante para mim, agora é pela matemática. Antes eu participava pelo desafio e, com o tempo, fui mudando e vi que o mais importante é estudar a matemática, a competição é um extra”, afirmou o jovem ao G1.

Zanarella também foi aprovado para a segunda fase dos vestibulares da USP e Unicamp em ciência da computação, e disse que pretende fazer a segunda fase mesmo com a aprovação em Princeton. Porém, se passar, dará preferência à matrícula no exterior, além de tentar outras instituições norte-americanas, como Harvard, MIT, Yale e Stanford, para realizar seus estudos voltados à matemática.
Amante dos números desde o início do ensino fundamental, o estudante contou que sempre teve facilidade com matérias de exatas, e que prefere muito mais os problemas das olimpíadas aos exercícios normalmente feitos em sala de aula. “A matemática da escola é uma coisa mecânica, de copiar o que o professor passa. Na olimpíada é mais criativa, mais próxima da matemática de pesquisa”, comparou o rapaz, que já participou de olimpíadas de física, astronomia, robótica e até de linguística.

Para facilitar a vida do repórter e não perder a conta mediante tantos títulos conquistados, ele organizou todos os títulos em um arquivo de texto, detalhando os anos em que participou e as medalhas obtidas.

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