sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Casal morre carbonizado na Capital: Suspeita de feminicídio seguido de suicídio

 


Homem de 50 anos e mulher de 40 foram encontrados mortos após incêndio em residência. Havia rastros de sangue na casa  e faca ensanguentada. Polícia investiga o caso.


Um caso de extrema violência chocou moradores do bairro Monte Castelo, em Campo Grande, na noite desta quinta-feira (02/10). O casal Anderson Cylis Sãochine Rezende, de 50 anos, e Gisele da Silva Sãochine, de 40, foi encontrado morto e carbonizado após um incêndio na residência da família, localizada na Rua Rio Pardo.


De acordo com a polícia, a principal suspeita é de que Anderson tenha cometido feminicídio contra a companheira, com quem estava em processo de separação, e em seguida tirado a própria vida.


Dinâmica do crime


O Corpo de Bombeiros foi acionado por vizinhos por volta das 19h, depois que grandes labaredas tomaram conta do imóvel. Ao chegar ao local, os militares se depararam com a casa em chamas e precisaram da ajuda da filha do casal, de 16 anos, que retornava da escola e abriu o portão.


Após controlar o fogo, os bombeiros encontraram Anderson já sem vida, dentro de uma Fiat Strada totalmente destruída pelo incêndio. Gisele foi localizada em um dos quartos, também com o corpo parcialmente carbonizado.


No interior da casa, os peritos identificaram vestígios de sangue, uma faca suja, além de um rastro que indicava arraste de corpo. Na garagem, entre a casa e o carro, havia galões de álcool e thinner, o que reforça a suspeita de que materiais inflamáveis foram usados para provocar as chamas. O fogo foi tão intenso que parte do telhado da residência desabou.


Segundo informações preliminares, o casal passava por um processo de separação e teria discutido horas antes da tragédia. Familiares relataram que Gisele não respondeu mensagens desde as 16h, levantando suspeitas de que a violência teria começado ainda à tarde.


A filha adolescente de 16 anos do casal, não estava em casa no momento do crime, o que a poupou da tragédia, mas foi  ela quem abriu o portão para os bombeiros quando chegou e se deparou com a cena.


Investigação


O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), que trabalha com a linha de feminicídio seguido de suicídio. A perícia recolheu amostras do local e deverá confirmar a sequência dos fatos.


Familiares de Gisele acompanharam os trabalhos da polícia e aguardam esclarecimentos. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre velório ou sepultamento das vítimas.


Foto :  Juliano Almeida


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