sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Bloco governista monitora Simone Tebet e adia definição sobre chapa ao Senado em MS

 

                                                 Foto: Arquivo Rede Socias


Ministra do Planejamento tenta garantir candidatura por Mato Grosso do Sul, enquanto grupo liderado por SenadoraTereza Cristina e Azambuja evita antecipar decisões sobre alianças e nomes.


O bloco governista em Mato Grosso do Sul, liderado pela senadora Tereza Cristina (PP), pelo governador Eduardo Riedel (PP) e pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), acompanha de perto os passos da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB).

A ministra é vista como aliada de parte do grupo, mas a aproximação do período eleitoral tem gerado estranhamentos internos e indefinições sobre a formação da chapa ao Senado.


Simone tenta garantir candidatura por MS


Simone Tebet é pré-candidata ao Senado e trabalha para convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a permitir que dispute a vaga por Mato Grosso do Sul, apesar da preferência de setores do PT por uma candidatura dela em São Paulo.


A ministra, que inicialmente havia prometido anunciar sua decisão até o fim do ano, agora afirma que só definirá o futuro em janeiro de 2026, após novas pesquisas.

A indefinição tem feito o grupo governista adiar decisões sobre alianças e candidaturas ao Senado.


Riedel sem adversários definidos


Enquanto isso, o governador Eduardo Riedel segue sem adversários definidos na disputa pela reeleição.

O PT tenta convencer Fábio Trad a disputar o governo, mas o deputado demonstra interesse em concorrer novamente à Câmara Federal. Já Marcos Pollon (PL) sinaliza vontade de entrar na disputa, mas enfrenta um obstáculo: o PL, agora sob a liderança de Reinaldo Azambuja, já está alinhado com Riedel.


Com boa avaliação nas pesquisas, o grupo governista está mais atento ao crescimento de Lula no Estado, que, mesmo tímido, pode impactar diretamente a disputa ao Senado.


Disputa interna pelas vagas ao Senado


Dentro do grupo, a primeira vaga ao Senado já está reservada para Reinaldo Azambuja.

A segunda vaga é motivo de disputa entre o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), e o senador Nelsinho Trad (PSD).


Outros nomes também surgem no radar, como Capitão Contar (PRTB) e Gianni Nogueira (PL).

Gianni enfrenta dificuldade porque o PL já ocupará uma das vagas; Contar, por sua vez, não tem relação próxima com Riedel, Tereza e Reinaldo, e dependerá de um “voto pragmático” para entrar no jogo.


Caso Simone Tebet cresça nas pesquisas junto com Lula, o grupo governista tende a agir com cautela máxima. A meta é eleger os dois senadores da base, evitando divisões que possam favorecer candidaturas de esquerda.


PT confia no histórico de vitórias presidenciais


No PT, o clima é de otimismo.

O presidente estadual da sigla e pré-candidato ao Senado, Vander Loubet, lembra que os presidentes da República costumam eleger ao menos um senador em Mato Grosso do Sul.


Ele cita exemplos como Lúdio Coelho (PSDB), eleito em 1994 com o impulso de Fernando Henrique Cardoso; Delcídio do Amaral (PT), eleito em 2002 com o apoio de Lula e reeleito em 2010 com Dilma Rousseff; e Soraya Thronicke (PL), que em 2018 surfou na onda bolsonarista e superou nomes como Zeca do PT, Waldemir Moka (MDB) e Marcelo Migliolli (PSDB).


Cálculo político e risco de divisão


O grupo governista avalia com atenção o peso do eleitorado de centro, que mantém simpatia por Simone Tebet desde seu mandato no Senado, e o desempenho de Lula, que obteve 40,51% dos votos no Estado na última eleição presidencial.


Com esses fatores na balança, o cálculo é simples: qualquer erro de composição pode custar uma das duas vagas ao Senado, hoje vistas como prioridade máxima do bloco que sustenta o governo estadual.

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