"Não quero ficar onde tem lembranças ruins, quero mudar de vida". A frase foi dita por uma mulher, de 39 anos, após ser resgatada pela PM (Polícia Militar), na tarde desta segunda-feira, dia 19 de setembro, em Campo Grande. Mantida em cárcere e humilhada diariamente, a mulher desabafou sobre os episódios de violência a uma enfermeira no posto de saúde, que acionou a polícia.
No relato na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), a vítima, que antes exercia a função de garçonete, hoje conta que não pode nem sair de casa sem o homem, de 56 anos, com quem está casada há 12 anos. Ela fica trancada na residência do Jardim Nhanhá, onde mora com o autor e os outros três filhos do casal, de 8, 9 e 10 anos.
Segundo o site Campo Grande News, a mulher já registrou boletim de ocorrência contra ele, mas como nunca foi agredida fisicamente, nunca pediu medida protetiva. Contudo, os episódios de ameaças e violência psicológica são diários.
Há dois meses, o homem quebrou o celular da esposa por ciúmes de uma conversa com outro rapaz com quem ela teve um relacionamento quando estava separada do autor. O marido afirma que vai passar com o carro por cima dela e do rapaz, que vai deixá-los aleijados e descarregar uma arma nas costas dos dois, além de contratar pistoleiros do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar as crianças. A mulher também conta que o marido a xinga diariamente, gritando para que toda a vizinhança ouça.
Ao receber toda a ajuda na delegacia, ao final do depoimento à polícia, ponderou que não sabia quem ligou para a Policia Militar, mas desconfiava que seria a enfermeira do posto de saúde que lhe atendeu no domingo (18). Na ocasião, a vítima relatou que sofria violência doméstica. A Deam investiga o caso.
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