terça-feira, 6 de setembro de 2022

Mesmo com queda de preços, cesta básica ainda compromete 62% do salário mínimo na Capital

 

O levantamento é realizado mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)

BIANKA MACÁRIO

Em Campo Grande, agosto registrou uma queda de 1,23% no valor da cesta básica, apontou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). 


Porém, 62,29% do salário mínimo líquido foi comprometido na aquisição de uma cesta. 


Enquanto o salário mínimo atualmente é de R$ 1.121,10, o valor da cesta básica em agosto na Capital foi de R$ 698,31.  Em julho, estava custando R$ 707,00.


De acordo com os dados da pesquisa, quando o valor é calculado para uma família, composta por quatro pessoas chega a R$ 2.094,93.  


O salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.  


Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo (R$ 749,78), o Departamento calculou que para a manutenção de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo necessário deveria ter sido de R$ 6.298,91, ou 5,20 vezes o mínimo.


Preço dos produtos  

Em Campo Grande, a banana foi o alimento com variação positiva mais expressiva, 6,02%. O preço médio do quilo da banana, um cálculo ponderado das variações Nanica e Prata, foi de R$ 11,62.


O pãozinho francês (1,96%) também registrou variação positiva no oitavo mês do ano na capital.  


O arroz agulhinha foi o único item a não registrar variação de preço, permanecendo com preço médio de R$ 4,28 o quilo.  


Outros alimentos que registraram quedas de preço foram o óleo de soja (-4,81%), o feijão carioquinha (-3,45%) – também com um quadrimestre de queda nos preços, o café em pó (-2,77%), a farinha de trigo (-2,53%), a carne bovina (-2,23%), o leite de caixinha (-2,20%) e o açúcar cristal (-0,73%).


Entre julho e agosto, as reduções mais expressivas ocorreram em Recife (-3,00%), Fortaleza (-2,26%), Belo Horizonte (-2,13%) e Brasília (-2,08%). A alta de 0,27% foi registrada em Belém.


São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 749,78), seguida por Porto Alegre (R$ 748,06), Florianópolis (R$ 746,21) e Rio de Janeiro (R$ 717,82). 


Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 539,57), João Pessoa (R$ 568,21) e Salvador (R$ 576,93).


A comparação do valor da cesta entre agosto de 2022 e agosto de 2021 mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 12,55%, em Porto Alegre, e 21,71%, em Recife.


Em 2022, o custo da cesta básica apresentou elevação em todas as 17 capitais que o levantamento é realizado, com destaque para as variações de Belém (14,00%), Aracaju (12,87%) e Recife (12,35%).


Com informação do portal Correio do Estado

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