terça-feira, 13 de setembro de 2022

Liderança indígena que sobreviveu a atentado é executado em 2ª emboscada

 

                                            Foto: Divulgação


Dourados News

O líder indígena Vitorino Sanches, de 60 anos, foi morto por pistoleiros em Amambai, cidade localizada na região de fronteira com o Paraguai. O atentado desta terça-feira, dia 13 de setembro, é o segundo que o indígena Guarani-Kaiowá sofreu em um pouco mais de um mês. Em 1º de agosto, o representante sobreviveu a uma emboscada onde o carro dele foi alvejado com mais de 10 tiros.


Conforme informações apuradas pelo portal G1, Vitorino estava próximo de um veículo quando dois pistoleiros se aproximaram e dispararam contra o líder indígena. A região de Amambai vive clima de tensão desde junho, quando um outro indígena foi morto a tiros por policiais em um processo de retomada de terra.


Vitorino foi atingido por vários disparos e chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal de Amambai, onde foi constatada a morte. Policiais Civis e Militares foram acionados. O caso segue em investigação.


Primeiro atentado


Em 2 de agosto, Vitorino Sanches, de 60 anos, prestou depoimento após ser vítima de um atentado em Amambai. O carro do comerciante foi atingido por pelo menos 15 disparos de arma de fogo, tendo dois deles atingido a vítima.


Vitorino foi baleado no braço e na perna e encaminhado para o Hospital Regional da cidade. Após receber alta médica, ele prestou depoimento na delegacia da cidade.


“Ninguém falou nada para mim, ninguém me ameaçou. Como eu não falhei com ninguém, não briguei com ninguém, não tive discussão com ninguém, eu estava tranquilo. Não sei por que fizeram isso comigo”, disse a vítima na época do primeiro atentado.


O indígena era uma liderança na cidade. Em 2012, disputou o cargo de capitão na comunidade indígena. Ele também já foi candidato a vereador pela cidade, em 2016.



Na época do primeiro atentado, a Polícia Civil investigava se o ataque tinha relação com outras duas mortes de indígenas registradas nos últimos meses na região ou então com as eleições indígenas realizadas na região.

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