quarta-feira, 11 de maio de 2022

Gangue das Mulheres: 5 se tornam rés por furtos que aterrorizavam comerciantes no Centro

 


Duas denúncias foram oferecidas contra as acusadas


Cinco mulheres se tornaram rés por furtos na região central de Campo Grande, cometidos todos da mesma forma. Conhecidas por formarem a ‘Gangue das Mulheres’, caso noticiado em fevereiro deste ano, elas foram identificadas, denunciadas e agora respondem na Justiça pelos furtos.


A primeira denúncia foi oferecida em 19 de abril, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) afirma que agiram Mayra Trielle Alves, de 31 anos, atualmente presa, e Yasmin de Araujo, de 24 anos, também presa. No dia 4 de abril, por volta das 11 horas, as duas mulheres e outras comparsas ainda não identificadas, furtaram 65 peças de roupas de uma loja no Centro.


Outros furtos foram cometidos no mesmo dia, em loja de cosmético, em loja de variedades e outra loja de roupas. Naquele dia, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) acabou prendendo as duas acusadas em flagrante. Elas tiveram as prisões convertidas em preventiva e já eram suspeitas de outros furtos.



No dia 16 de março, Yasmin, Mayra e outras duas mulheres teriam cercado o funcionário de uma loja e o ameaçado, dizendo que tirariam foto dele e passariam para o marido – integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital). Uma mulher foi presa por integrar a facção e ter o marido preso, sendo citada na segunda denúncia.


Mayra e Yasmin foram denunciadas pelo furto qualificado, por quatro vezes. A denúncia foi recebida em 20 de abril, pelo juiz Olivar Augusto Roberto Coneglian, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande.


Segunda denúncia

Em 26 de abril, foi oferecida a denúncia contra Jéssica Pontes Milan, 26 anos, – que também foi denunciada pela Operação Sintonia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra o PCC -, Maysa Hellen Andrade, 22 anos e Eduarda Gabriely de Lima, de 21 anos.


Na peça é citado que em 16 de abril, por volta das 16 horas, as acusadas furtaram vários produtos de uma loja de cosméticos no Centro. Conforme a denúncia, as três acusadas ainda estavam com mais uma comparsa, não identificada, e entraram na loja com sacolas.


Assim, passaram a colocar os produtos dentro dessas sacolas e fugiram em seguida, sem pagarem. Um funcionário acabou perseguindo as mulheres e deteve Jéssica, na Praça dos Imigrantes. As outras três envolvidas abandonaram as sacolas e conseguiram fugir.


Polícia Civil, que já investigava a Gangue das Mulheres ou Gangue das Patroas, conseguiu identificar pelas imagens das câmeras de segurança Eduarda e Maysa. Foi oferecida denúncia pelo furto qualificado, recebida em 3 de maio pelo juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande.


Gangue das Mulheres ou Gangue das Patroas

Em fevereiro o Midiamax noticiou que o grupo de mulheres estaria praticando crimes em lojas no Centro de Campo Grande e gerando medo nos comerciantes da região. O grupo, também chamado de ‘gangue de mulheres’, seria formado por quatro pessoas, que praticam crimes e tentam evitar a prisão formando “escândalos” e simulando agressões.


De acordo com o presidente da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), Adelaido Vila, o grupo já praticou crimes em quatro lojas da Capital, o último furto foi em uma rede voltada para o público feminino, na ocasião elas teriam agredido uma das seguranças.


Conforme apurado pela reportagem, uma das integrantes foi detida em dezembro do ano passado ao furtar um perfume, um óculos e um par de calçados. Ela negou o furto, mas imagens de segurança confirmaram o crime. Atualmente, a autora segue em prisão domiciliar. Em contato com a reportagem, a GCM disse que monitora a situação.


O grupo também aparece como autor em uma denúncia realizada em 2018, por furtarem um hipermercado de Campo Grande. Além da autora em prisão domiciliar, outras duas mulheres são citadas, de 20 e 22 anos. Elas teriam furtado leite condensado, desodorante, chocolates e outros itens. Na ocasião, elas foram presas em flagrante.


O presidente CDL explicou ter solicitado uma audiência com o presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) em busca de penas mais duras para o quarteto, pois teme que os comerciantes, cansados com a situação, procurem fazer “justiça com as próprias mãos”.


Imagens adquiridas pelo Jornal Midiamax mostram uma confusão logo após um dos furtos realizados pelo grupo. No vídeo é possível ver um homem, que parece ser segurança do local, ser agredido com diversos objetos arremessados contra ele. Outro vídeo, gravado por câmeras de segurança, mostra as mulheres se reunindo na frente de uma loja.

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