Quitação antecipada de um empréstimo na manhã desta sexta-feira, dia 13 de maio, em uma agência bancária no Centro de Campo Grande, acabou virando caso de polícia. Funcionária passa a ser investigada por crime contra o consumidor, por suspeita de coagir uma idosa de 61 anos a fazer o pagamento, sem saber do que se tratava.
Na delegacia, foi esclarecido que a Polícia Militar foi acionada ao banco por uma suposta prática de estelionato. Segundo o site Midiamax, o filho da cliente contou que a mãe foi até a agência para desbloquear o cartão, quando ela foi induzida por uma funcionária a quitar uma dívida.
No entanto, a dívida não estava atrasada, já que as parcelas deste empréstimo eram descontadas regularmente. Assim, foram retirados da conta da idosa R$ 3.068,44, referentes à quitação antecipada do empréstimo.
Ainda conforme o filho da cliente, ela é analfabeta e não entende o que foi feito, sendo que a ação deveria ter sido realizada na presença de testemunhas ou parentes da vítima. Ele acredita que a mãe foi coagida a fazer a operação e tentou resolver o problema no banco posteriormente.
Apesar disso, teria sido mal atendido pela funcionária. Ele então acionou o advogado, que solicitou cópia do contrato e os valores debitados ao banco. Segundo o advogado, os documentos fornecidos estão fora dos padrões da lei, sendo que não há assinatura de testemunhas.
Os policiais militares tentaram mediar um acordo entre as partes, mas isso não aconteceu. Os envolvidos então foram até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, onde o caso foi registrado.
Quitou empréstimo sem saber
Ao Midiamax, o filho da vítima contou que a idosa fez o empréstimo de pouco mais de R$ 3 mil na agência e, depois, fez outro empréstimo em outro banco, no valor de R$ 15 mil. O cartão dela acabou bloqueado, por isso ela foi até a agência para tentar resolver, quando acabou quitando o empréstimo antecipadamente, sem saber.
Ele ainda relatou que a mãe recebe R$ 1,2 mil mensais e que pagava R$ 300 de parcela pelo empréstimo na agência em que teve o problema. A funcionária é investigada por fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços.
O crime está previsto no artigo 66 do Código de Defesa do Consumidor, com pena de detenção de três meses a um ano e multa. Em caso de crime culposo, quando não há intenção, a pena vai de um a 6 meses ou multa.
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