quarta-feira, 20 de abril de 2022

Tecnologias podem agilizar o pré-abate de aves

 



Ele explica que, por exemplo, as gaiolas carregadas com os frangos são alçadas aos caminhões manualmente
Por:  -Leonardo Gottems

Apesar da bem-sucedida trajetória da avicultura, ainda existem oportunidades de melhorias ao longo da cadeia produtiva, tal como acabamos de ver na análise do pré-abate. Foi isso que afirmou o engenheiro Fabio G. Nunes é consultor de empresas de processamento de aves há mais de 20 anos e tem liderado projetos na América Latina, Europa e Ásia, em um artigo escrito para a CarneTec Brasil.



“Para transformá-las em benefícios concretos, é importante implementar uma estrutura de monitoramento mais ampla, aprimorada e integrada das operações, um esforço que exige o suporte de especialistas, a delimitação de seu alcance, um planejamento cuidadoso e um investimento significativo”, comenta ele.


Ele explica que, por exemplo, as gaiolas carregadas com os frangos são alçadas aos caminhões manualmente, um trabalho árduo e que nenhum valor agrega. “O trabalho manual pode ser substituído por meios mecânicos equipados com uma balança na qual se pesam e se registram, de forma dinâmica, os pesos das aves na granja, ao mesmo tempo em que as gaiolas são içadas para sobre o caminhão. O registro dos pesos, que poderá ser enviado à nuvem pela própria balança, possibilitará monitorar a quebra de peso entre a granja e o abatedouro por carga, um dado de grande importância econômica, mas desconhecido para a grande maioria das empresas”, completa.


“Essas limitações com as quais as empresas se deparam podem ser eliminadas equipando-se os apanhadores com relógios inteligentes conectados a luvas equipadas com sensores de pressão. Com estas ferramentas, será possível medir e registrar, para cada apanhador, a velocidade de apanhe, a pressão aplicada a cada ave e a produtividade em função dos tipos de galpões e de peso vivo. Os dados gerados serão captados por sensores no galpão e enviados à nuvem, para posterior conhecimento e análise”, conclui.

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