quarta-feira, 13 de abril de 2022

Simone Tebet enfrenta forte manobra política e pode ter candidatura implodida

 

                                            Senadora Simone Tebet (MDB-MS) (Foto: Divulgação)



Além de caciques do MDB, outras lideranças políticas operam a fim de implodir a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência da República. Uma das manobras vem do senador alagoano, Renan Calheiros (MDB-AL), que prefere subir no palanque do ex-presidente Lula.


Depois de participar de um jantar com o ex-presidente e líderes do MDB na noite da última segunda-feira (11), o senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou em entrevista à CNN na terça-feira (12) que o nome da senadora sul-mato-grossense na disputa presidencial é “hoje uma candidatura solitária”.


“Nós temos que respeitar a senadora Simone”, disse Aziz, diante de alegações de que a pré-candidatura da senadora ao Palácio do Planalto vem sendo enfraquecida por membros de seu próprio partido.


O jantar entre a cúpula do MDB com Lula aconteceu no momento em que Tebet trabalha para se consolidar como representante da terceira via. A senadora foi escolhida pela legenda como pré-candidata à Presidência da República.


“Ninguém pode achar que vai retirar a candidatura de uma pessoa que o partido indicou, ela está tentando se consolidar”, afirmou Omar Aziz.


O senador ainda classificou Tebet como “uma democrata, uma pessoa que sabe o jogo democrático e tem experiência política”. Embora tenha declarado apoio a Lula na disputa presidencial, Aziz disse não ter dúvidas da “importância muito grande do debate dela no processo eleitoral como candidata à Presidência”.


“Não é fácil um homem se consolidar como candidato sem ter um grupo por trás, imagine para uma mulher solitária”, avaliou.




Apoio a Lula




Na opinião do senador, que figurou como um dos principais opositores ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a CPI da Pandemia, “o nome que temos para conter essa ânsia de retrocesso democrático do que o país conquistou se chama Luiz Inácio Lula da Silva”.




Embora Gilberto Kassab, presidente do PSD, partido pelo qual Aziz é filiado, ressalte que a legenda pretende ter uma candidatura própria nas eleições presidenciais, o senador deixa claro que apoiará o petista no pleito.




“O presidente Kassab sabe da minha posição e da de outros companheiros do PSD. Não há nada às escondidas, ele sabe da minha relação do ponto de vista pessoal com o ex-presidente Lula”, disse.




Aziz ainda revelou que Lula chegou a oferecer a vice-presidência ao PSD, e que o petista tinha o desejo de que Geraldo Alckmin (PSB) se filiasse ao partido. “Mas isso não foi possível porque dentro do PSD e dentro da composição política do PSD há aqueles que apoiam Lula e os que apoiam Bolsonaro”, considerou.




Segundo o senador, as forças democráticas precisam se juntar nas eleições deste ano pois será uma disputa pela democracia.




“Temos eleições totalmente diferentes. De um lado um democrata que quer continuar consolidando a democracia, e do outro lado uma pessoa que pensa no retrocesso democrático”, avaliou Aziz. Com CNN.

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