O 5G é a evolução da rede móvel que usamos hoje e foi regularizado na Lei Complementar nº 477
Campo Grande já está preparada para receber a nova tecnologia 5G. Na última quarta-feira (13), foi publicada na edição Extra do Diário Oficial, a Lei Complementar nº 477, que visa as normas urbanísticas para a instalação das estruturas de suporte para as estações Transmissoras de Radiocomunicação (ETR’s), autorizadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).
Com a nova lei, Campo Grande entra no rol de capitais que já adequaram a legislação municipal de instalação de infraestrutura adequada, como Brasília (DF), Curitiba (PR), Natal (RN) e São Paulo(SP).
O engenheiro de computação Gustavo Torres falou sobre algumas características importantes da nova tecnologia. A primeira delas é a banda larga móvel aprimorada, ou seja, uma rede com maior velocidade.
“Pra vocês terem uma ideia, algumas literaturas apontam que o 5G depois de desenvolvido e agindo da forma como a gente espera, ele pode chegar a 10 gigabites por segundo de velocidade, isso comparado a rede 4G, seria 30 vezes mais”, informa Torres.
A segunda característica é que o 5G proporciona mais conexões de dispositivos em uma área geográfica, e a terceira característica é o menor tempo de resposta, ou menor latência. “A latência seria de um milissegundo a quatro milissegundos, e comparado ao 4G, é de 50 milissegundos”, cita o engenheiro.
Gregory Garcia, técnico da informação, deu exemplos de equipamentos que já tem se desenvolvido tecnologicamente, como geladeiras e ar-condicionado que se conectam a internet. “Eu acredito que em alguns anos, vai sair geladeiras que dê pra colocar chip, ar-condicionado, televisão, até aqueles robozinhos que limpam a casa”, citou Gregory, sobre os possíveis benefícios da tecnologia 5G.
O profissional de TI, apontou que o único aspecto negativo, em comparação com a tecnologia anterior, o 4G, é a área de alcance. No entanto, profissionais da área estudam colocar antenas repetidoras em diversos pontos das cidades, para que esse alcance do 5G aumente.
De acordo com a prefeitura, a legislação para a nova tecnologia foi desenvolvida a partir de um grupo técnico, com participação do Gabinete da Prefeitura, Agência Municipal de Tecnologia da Informação (Agetec), Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano(Planurb), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) e Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos (Sugepe).
O diretor-presidente da Agetec Paulo Cardoso, participou do grupo técnico, que desde 2020 tem se reunido, com as operadoras, para estudar a legislação federal e as orientações da Anatel, e elaborar a lei que permite a instalação do 5G em Campo Grande. “O próximo passo será as operadoras adquirirem os equipamentos de acordo com o que a Anatel determina e instalar na cidade”, informa Cardoso.
As empresas que quiserem se instalar na capital deverão atender a uma série de requisitos impostos na lei, como reduzir o impacto paisagístico sempre que possível e priorizar equipamentos de estrutura já implantados, como redes de iluminação pública e sistemas de videomonitoramento público.
Para autorização, as ETRs deverão pagar taxas referentes a análise dos pedidos. Para instalação de nova estrutura de suporte, o valor é de R$ 4.579,20 e para a regularização de estrutura de suporte, o valor é de R$ 217,26.
Com informação do Portal Correio do Estaddo
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