sexta-feira, 8 de abril de 2022

MDB de Puccinelli espera por Simone para definir pré-candidatura ao Senado

 


Indefinição acerca da candidatura da senadora à Presidência da República motiva demora na definição de nome

CELSO BEJARANO



O MDB, entre as cinco legendas que já divulgaram pré-candidaturas ao governo de Mato Grosso do Sul, é o único que ainda não definiu nome para a disputa da vaga ao Senado.


 E o motivo, segundo o presidente regional da sigla, Junior Mochi, é a espera por uma definição acerca da pré-candidatura à Presidência da República da senadora sul-mato-grossense Simone Tebet, também emedebista.  


A vaga em jogo é da senadora, que, em vez de concorrer à reeleição, preferiu disputar a Presidência. 


Como ela ainda não emplacou de vez sua candidatura à sucessão de Bolsonaro, o MDB preferiu “aguardar um pouco” para escolher o pré-candidato à vaga da emedebista, disse o chefe regional do MDB em MS.


A depender das declarações da senadora, a intenção dela é concorrer ao cargo de presidente da República. 


De novembro para cá, desde que o nome de Simone foi sondado como o principal do MDB na chapa majoritária, em nenhum momento ela mostrou interesse em concorrer à reeleição.


O União Brasil, o MDB, o PSDB e o Cidadania, composição da chamada terceira via, tida também como “centro democrático”, negociam a indicação de um candidato único para disputar a Presidência. 


A ideia do pacto entre as siglas é fortalecer uma chapa capaz de enfrentar de igual para igual Lula e Bolsonaro, que estão bem à frente nas pesquisas divulgadas até agora.


“A vaga que está em disputa é hoje da Simone Tebet, e ela é pré-candidata à Presidência, mas ainda não se consolidou, justamente, porque está havendo um acordo em nível nacional entre o MDB, o PSDB, o União Brasil e outros partidos, no sentido de lançamento de uma candidatura de consenso à Presidência”, disse ao Correio do Estado, ontem à tarde, o presidente do MDB de MS.


Completando o raciocínio, o dirigente emedebista afirmou: “Contudo, ela é a senadora do MDB que ocupa a vaga que está sendo colocada em disputa. Nós não definimos [pré-candidatura], estamos conversando com outros possíveis pré-candidatos para ver a possibilidade de uma aliança, mas isso ainda não temos, está ainda na fase das conversações e também no aguardo dessa definição em nível nacional. Estamos no campo das possibilidades”.


“Então, temos de aguardar mais um pouco. Acreditamos que até fim de abril ou começo de maio isso esteja resolvido e o MDB vai anunciar o candidato ou candidata apoiada pelo partido”, explicou Mochi.


Os partidos que ensaiam aliança em torno de uma só candidatura informaram na quarta-feira, em Brasília, que definem a questão até o dia 18 de maio.  


Além de Simone, aparecem como pré-candidatos, rivais nesse período de negociação, João Dória, do PSDB, ex-governador de São Paulo, e o nome indicado pelo União Brasil, que informou que até semana que vem apresenta uma opção.  


O ex-juiz Sergio Moro, do União Brasil, já foi citado como eventual pré-candidato à Presidência, mas essa possibilidade enfraqueceu da semana passada para cá. É que o também ex-ministro, que era filiado ao Podemos, trocou de sigla sem avisar a direção.


Ele filiou-se ao União Brasil. O comando do Podemos queixou-se pelo que chamou de “traição”, e isso pegou mal para o ex-juiz.


 

Sem outro plano

Simone Tebet, em recentes declarações, disse que o plano dela é disputar a eleição de outubro como a candidata à Presidente da República, nada mais.


Marido de Simone, o deputado estadual licenciado Eduardo Rocha, hoje secretário de Estado de Governo de Reinaldo Azambuja, do PSDB, reafirmou o propósito da senadora. 


Ele disse que Simone será candidata à Presidência e, fora isso, não tem sequer um plano B.


Definições

Os partidos que já anunciaram interesse na disputa pelo governo de MS já definiram os prováveis pré-candidatos ao Senado, O PSDB, por exemplo, garante que vai apoiar a pré-candidata Tereza Cristina, do PP.


O PSD, que tem como pré-candidato ao governo o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, confirmou o nome do ex-juiz Odilon de Oliveira, também da sigla.


O PT, cujo pré-candidato ao governo Zeca se afastou da disputa alegando “questões pessoais”, tem duas opções: os advogados Gisele Marques e Tiago Botelho, este último também professor universitário.


Já o União Brasil, que informou que busca nomes, já teria opções, mas não quis divulgá-las.


“A vaga de senador na nossa chapa é para compor coligações que tragam possíveis candidatos, desde que estes estejam em conformidade com os requisitos eleitorais. Temos boas opções, nomes fortes e com grandes chances de eleição. Sem dúvida, com as pesquisas que estão sendo realizadas, vamos chegar ao nome que melhor atenda às expectativas do eleitor sul-mato-grossense”, disse a senadora Soraya Thronicke, presidente regional do União Brasil.


Com informação do Portal Correio do Estado

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