De acordo com o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), chegou a hora do produtor aproveitar os bons preços do Feijão-carioca e o empacotador os preços do Feijão-preto. Isso porque mais de 30 milhões de brasileiros vão receber R$ 28,35 bilhões da antecipação feita pelo governo federal dentro ainda do plano de ajuda governamental para a população enfrentar os efeitos econômicos da pandemia.
“Segundo alguns pesquisadores, deste total, cerca de 30% irá para o consumo de produtos básicos. Estes recursos vão se somar ao período de pagamento dos salários, o que deverá levar o consumidor a correr para o supermercado como antigamente, antes que perca valor diante da inflação”, diz o Ibrafe.
Nesse cenário, a procura por Feijão-carioca manteve o ritmo, com bom volume de negócios, quando levamos em consideração o pouco produzido. Desde R$ 330/340 no Paraná, Feijão de padrão inferior ou colhido em janeiro, até raríssimo produto colhido em Minas Gerais por R$ 380. Com o bom ritmo de venda no varejo de março se repetindo em abril, é um desafio para os empacotadores atenderem os varejistas. O Feijão-preto pode estar próximo do seu limite se tomamos negócios base Paraná por R$ 260. Com tamanha diferença de preços em relação ao Feijão-carioca e ainda com a chegada de temperaturas mais amenas, próprias do outono, a tendência de consumo aumenta para o Feijão-preto”, completa.
“A redução de área plantada de Feijões no Mato Grosso é assustadora. Começando pelo cores, em que predomina o Feijão-carioca, a redução da segunda safra é 37,34% menor, ou seja, de 38 mil para 23 mil hectares. O Feijão-caupi é 37,09%, de 77 mil para 48 mil hectares. O Mungo e o Adzuki foram de 62 mil para 43 mil hectares, sendo 31% menor”, conclui.
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