Por Carlos Ferraz
Dourados News
Uma semana depois de fugir do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, de Campo Grande, José Cláudio Arantes, o “Tio Arantes”, 66 anos, foi condenado pelo crime de receptação a pena de 3 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado.
“Tio Arantes”, “Lion”, "PCC Líder Negativo" ou “Tiozinho” é considerado pela polícia como um dos líderes máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital) e já cumpriu 30 anos por condenações por tentativa de homicídio em 1985, tráfico de drogas em São Paulo, em 1995, tráfico em MS em 2003 e assalto a banco em 2017.
Agora, com a decisão dada ontem (30), pelo juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal, soma a já extensa ficha mais 3 anos de reclusão pelo crime de receptação, ocorrido em outubro de 2017.
Naquele período, “Tio Arantes” estava foragido e a equipe do Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) recebeu denúncia de que ele estava escondido em casa na avenida Marquês de Pombal.
“Tio Arantes” foi encontrado no endereço citado e, com ele, o aparelho Samsung que havia sido furtado no dia 12 de fevereiro de 2015 em Três Lagoas. Outros três aparelhos foram apreendidos na ocasião.
Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de MS), na fase de inquérito, Arantes confessou que comprou o aparelho no Camelódromo por R$ 300, abaixo do valor de mercado, que era de R$ 700.
Na fase judicial, Arantes mudou a versão, disse que comprou na OLX e não sabia que era furtado, tese mantida pela advogada Aline Gabriel Brandão. A defesa também questiona a apreensão, que teria sido feita sem mandado de busca, sendo considerada ilícita.
Nas alegações finais também apelou para o princípio da insignificância, por conta do valor gasto no aparelho.
O juiz desconsiderou os argumentos e o condenou em regime fechado. A advogada Aline Brandão disse ao Campo Grande News que irá recorrer da decisão. A defesa também diz que atualmente, Arantes não é mais líder do PCC.
Fuga
“Tio Arantes” fugiu na madrugada do dia 23 de novembro, dia em que cadeados da cela e da porta do pavilhão desapareceram.
O sistema de imagens das câmeras de segurança da ala que abrigava o preso não estava funcionando, fatos que chamaram atenção do juiz da Vara de Execução Penal, Fernando Cury. O magistrado quer o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e a 50ª Promotoria de Justiça do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) na investigação.
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