O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil foi divulgado hoje e recuou 0,1% no terceiro trimestre de 2021, entrando em recessão técnica, na comparação com o segundo trimestre, quando caiu 0,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse contexto, o índice foi influenciado para baixo principalmente por conta da queda de 8,0% na agropecuária e também pelo recuo de 9,8% nas exportações de bens e serviços.
“O PIB está no patamar do fim de 2019 e início de 2020, período pré-pandemia, e ainda está 3,4% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014. Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 2,2 trilhões no terceiro trimestre. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o PIB cresceu 4,0%. No acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB brasileiro apresenta avanço de 5,7% em relação a igual período de 2020”, disse o IBGE.
O recuo na agropecuária (-8,0%) foi consequência do encerramento da safra de soja, que também acabou impactando as exportações. “Como ela é a principal commodity brasileira, a produção agrícola tende a ser menor a partir do segundo semestre. Além disso, a agropecuária vem de uma base de comparação alta, já que foi a atividade que mais cresceu no período de pandemia e, para este ano, as perspectivas não foram tão positivas, em ano de bienalidade negativa para o café e com a ocorrência de fatores climáticos adversos na época do plantio de alguns grãos”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
A recessão técnica ocorre quando o PIB recua por dois trimestres seguidos, que serve como um sinal de alerta, uma indicação de que algo não vai bem. No entanto, ela é diferente da recessão de fato, quando a situação do país está se deteriorando significativamente, já que, apesar das duas quedas trimestrais no PIB, o país deve fechar o ano com crescimento próximo a 5%
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