Cientistas da Embrapa desenvolveram um processo inovador de propagação de mandioca. Em vez de usar o material tradicional (manivas-semente), uma nova técnica usa miniestacas. A inovação conseguiu contornar as características indesejadas, como a baixa taxa de propagação e os grandes volumes de materiais de plantio convencional, que dificultam a logística para o armazenamento e transporte das manivas para novas áreas.
A técnica, desenvolvida no âmbito da Rede de multiplicação e transferência de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária (Reniva), surgiu de um problema do setor: o que fazer com mudas em aclimatização que se desenvolviam excessivamente atingindo grandes dimensões?
O plantio de mandioca convencional demanda uma logística muito bem concatenada com as operações de campo. “Quando você pensa em áreas plantares maiores do que 10 ha, você pensa em muitos caminhões de manivas. Para se plantar apenas 1 ha de mandioca, são demandados de 4 m 3 a 6 m 3 de hastes convencionais, um grande volume. Quando você pensa em plantar com miniestacas, você reduz demais isso. Uma maniva convencional tem peso aproximado de 45 g; uma miniestaca, cerca de um décimo disso [5 g]", destaca o engenheiro-agrônomo Herminio Rocha , um dos coordenadores do Reniva.
A inovação permite que estacas de apenas 5 gramas e do tamanho de um lápis substituam hastes de 50 gramas e mais de 20 cm no plantio da mandioca. A portabilidade do insumo facilita a logística do plantio e a vida do produtor. Para se plantar apenas 1 hectare de mandioca, são usados ??de 4 m 3 a 6 m 3 de conserva convencional. As miniestacas levar em até dez vezes esse volume.
Todo o material utilizado a partir da fase de aclimatização é aproveitado, não havendo desperdícios. Países africanos, onde a mandiocultura é praticada por produtores, já se interessaram pela inovação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário