A temperatura global deverá subir cerca 2,7 graus até o ano de 2100, caso se mantenha o atual ritmo de emissões de gases com efeito de estufa, de acordo com o que alerta o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). No novo relatório, divulgado hoje, o IPCC considera cinco cenários, dependendo do nível de emissões que se alcance.
No primeiro cenário, em que a meta seria manter a atual situação, em que a temperatura global é, em média, 1,1 graus mais alta que no período pré-industrial (1850-1900), não seria suficiente. Os cientistas preveem que, dessa forma, se alcançaria um aumento de 1,5 graus em 2040, de 2 graus em 2060 e de 2,7 em 2100, de acordo com o estudo divulgado recentemente.
No cenário mais pessimista, no qual as emissões de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa duplicariam em meados do século, o aumento poderia alcançar níveis catastróficos, em torno dos 4 graus em 2100. Cada grau de aumento faz antever cerca de sete por cento mais de precipitação em todo o mundo, o que pode originar um aumento de tempestades, inundações e outros desastres naturais, avisa o IPCC.
Por outro lado, na melhor hipótese considerada pelos peritos, em que se atinge a neutralidade carbónica (emissões zero) em metade do século, o aumento de temperatura seria de 1,5 graus en 2040, 1,6 graus em 2060 e baixaria para 1,4 graus no final do século. O estudo da principal organização que estuda as alterações climáticas, elaborado por 234 autores de 66 países, foi o primeiro a ser revisto e aprovado por videoconferência.
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