O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relacionado a julho, aponta que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2021 é de 256,1 milhões de toneladas, 0,8% superior à obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas), aumento de 1,9 milhão de toneladas.
A produção recorde se dá mesmo com um declínio de -0,9% em relação ao mês anterior, ou 2,4 milhões de toneladas a menos. A área a ser colhida é de 68,2 milhões de hectares, 4,3% maior (2,8 milhões de hectares) que a área colhida na safra passada. Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida cresceu 0,3% (177,6 mil hectares).
O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, representam 92,4% da estimativa da produção e respondem por 87,7% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 6,5% na área do milho (1,6% na primeira safra e 8,2% na segunda) e de 4,4% na área da soja. Por outro lado, houve declínios de 16,0% na área do algodão herbáceo e de 0,1% na do arroz.
No que se refere à produção, espera-se acréscimo em relação a 2020 de 9,8% para a safra da soja, que continua a elevar seu recorde, devendo chegar a 133,4 milhões de toneladas em 2021. Estima-se alta também para o arroz em casca (4,1%). Já o algodão herbáceo (-16,6%) e o milho (-11,3%) devem ter queda.
As regiões Sul (7,5%), Nordeste (4,9%), Sudeste (3,4%) e Norte (0,9%) tiveram altas em suas estimativas. A primeira deve produzir 78,6 milhões de toneladas (30,7% do total nacional); a segunda, 23,7 milhões de toneladas (9,3% do total); a terceira, 26,6 milhões de toneladas (10,4% do total), e a quarta, 11,1 milhões de toneladas (4,3% do total). Por outro lado, para o Centro-Oeste, que é o maior produtor (45,3% do total nacional), foi estimada uma queda de 4,6% frente a 2020, devendo produzir 116,1 milhões de toneladas em 2021.
Entre as unidades da federação, o Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 27,7%, seguido pelo Paraná (14,6%), Rio Grande do Sul (13,7%), Goiás (9,1%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (6,4%), que, somados, representam 79,8% do total nacional. As variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Rio Grande do Sul (829,5 mil toneladas), em Santa Catarina (126,4 mil toneladas), no Mato Grosso (119,2 mil toneladas), na Bahia (68,0 mil toneladas), no Pará (48,2 mil toneladas), em Rondônia (24,2 mil toneladas) e no Rio de Janeiro (1,8 mil toneladas).
Já as variações negativas ocorreram no Paraná (-2,9 milhões de toneladas), em Goiás
(-553,1 mil toneladas), no Ceará (-54,0 mil toneladas), na Paraíba (-49,3 mil toneladas), em Pernambuco (-43,0 mil toneladas), em Minas Gerais (- 18,3 mil toneladas), no Rio Grande do Norte (-8,3 mil toneladas) e no Maranhão (-4,7 mil toneladas).
Em julho, destacaram-se as variações positivas nas seguintes estimativas de produção em relação a junho: cevada (7,1% ou 31,7 mil toneladas), trigo (6,3% ou 496,8 mil toneladas), algodão herbáceo em caroço (4,0% ou 228,5 mil toneladas), cacau em amêndoa (3,6% ou 9,7 mil toneladas), arroz em casca (2,6% ou 293,4 mil toneladas), milho 1ª safra (2,4% ou 630,1 mil toneladas), aveia (1,9% ou 19,2 mil toneladas), feijão 2ª safra (0,5% ou 4,4 mil toneladas), soja (0,1% ou 171,4 mil toneladas).
Por outro lado, são esperados declínios do milho 2ª safra (-5,9% ou 4,1 milhões de toneladas), do sorgo (-4,4% ou 114,8 mil toneladas), do feijão 1ª safra (-2,8% ou 35,3 mil toneladas) e do feijão 3ª safra (-2,6% ou 14,3 mil toneladas).
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