sexta-feira, 13 de agosto de 2021

MS: produtividade de milho foi revisada para 52,3 sc/ha

 



Cerca de 63% das áreas está em estado ruim e apenas 1% bom
Por:  -Eliza Maliszewski



Dados do sistema Siga/MS, referentes a primeira semana de agosto, mostram a situação das lavouras de milho 2ª safra no Mato Grosso do Sul após a ocorrência de fortes geadas no mês de julho. 


Equipes contataram empresas de assistência técnica, produtores rurais, sindicatos rurais e empresas privadas dos principais municípios produtores. A projeção de área plantada para o milho safrinha, no ciclo 2020/2021, é de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra anterior, que foi 1,895 milhão de hectares.



Após as geadas a produtividade foi revisada para 52,3 sc/ha, gerando uma expectativa de produção de 6,285 milhões de toneladas. Na safra 2019/20 o estado colheu 8,6 milhões de toneladas de milho safrinha, o que representa uma queda superior a 40%. No início da 2ª safra de milho havia a expectativa de um volume 9,013 milhões de toneladas de grãos e uma produtividade média de 75 sc/ha. Observou-se a campo, lavouras com espigas com má formação, plantas que não desenvolveram, estandes irregulares, dentre outros problemas que afetaram diretamente o potencial produtivo da cultura. Entre os dias 27 de junho a 01 de julho, as regiões centro, oeste, sul, sudoeste, sul-fronteira e sudeste, também foram afetadas por geada.


Quanto ao clima, o começo de agosto foi marcado por estiagem em todo estado, que, de acordo com os modelos agroclimáticos, já dura em média a 47 dias. Como o momento atual é de colheita, a estiagem acaba contribuindo para sua realização. 


Em relação às condições das lavouras foi apurado que 63% estão em estado ruim, 36% em estado regular e apenas 1% em estado considerado bom. Para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros sintomas que causem elevada perda de potencial produtivo. Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantam uma boa produtividade.


Na região Nordeste que envolve Alcinópolis, Costa Rica, Chapadão do Sul, Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Selvíria, Três Lagoas, Inocência, Água Clara, Paraíso das Águas e Figueirão estão as lavouras em melhor  situação com 67% regular, 28% ruim e 5% bom.


Já no Sul-Fronteira, que engloba Aral Moreira, Amambai, Coronel Sapucaia, Tacuru, Paranhos e Sete Quedas, cerca de 93% das lavouras de milho estão em estágio ruim e 7% regular. Não há nenhuma considerada em nível bom. Situação parecida no Sul (Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti) onde 91% estão em nível ruim e 9% em regular.

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