sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Frutas e hortaliças produzidas no Brasil são seguras, diz CNA

 




Brasil produz frutas e hortaliças com segurança e tem espaço para crescer no comércio internacional, mas os setores público e privado devem trabalhar em parceria para enfrentar os desafios
Por: 



As frutas e hortaliças produzidas no Brasil são seguras e devem ser consumidas por toda a população, garantiram especialistas durante a primeira live da campanha “Frutas e Hortaliças – Por que comer mais?”. A iniciativa é uma realização da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura no Brasil (FAO) no Brasil.



No debate online, com o tema “Frutas e hortaliças são alimentos seguros”, o diretor técnico adjunto da CNA, Reginaldo Minaré, afirmou que o Brasil produz hortifrúti de Norte a Sul, garantindo a disponibilidade de alimentos em supermercados, varejos e feiras.


“A população tem confiança de comprar o produto e levar para casa ou consumi-lo em restaurantes. É muito importante manter e consolidar cada vez mais essa cadeia de confiança entre consumidor e produtor”, disse.


Na sua palestra, o presidente do Códex Alimentarius, Guilherme Costa, explicou o funcionamento do código, que reúne uma série de regras, diretrizes e práticas a respeito à segurança alimentar, com o objetivo de proteger a saúde do consumidor.


Guilherme também destacou o desafio do mundo em alimentar cerca de 10 bilhões de pessoas em 2050, segundo estimativa da FAO. “Quando pensamos nesse desafio, a primeira preocupação é com a segurança do alimento, disponibilidade e quantidade suficiente para fornecer. Mas também temos que pensar em como esses alimentos serão transferidos das áreas de produção até o comércio”, disse.


Para o presidente do Códex, o Brasil produz frutas e hortaliças com segurança e tem espaço para crescer no comércio internacional, mas os setores público e privado devem trabalhar em parceria para enfrentar os desafios juntamente com a cadeia produtiva.


O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Guilherme Leal, falou sobre regulação, monitoramento e fiscalização para a segurança dos alimentos vegetais.


“De forma geral, o agricultor deve dispor de insumos adequados para o manejo fitossanitário e esses insumos devem ser usados de forma correta. Também deve existir rastreabilidade e corresponsabilidade ao longo da cadeia produtiva, monitoramento da conformidade, feito por atores privados e pelo estado, e ações de comando e controle para coibir não conformidades”, explicou.


Segundo Leal, as hortaliças e frutas brasileiras são seguras, mas é importante ampliar a assistência técnica qualificada, massificar a adoção de boas práticas agrícolas e aumentar a disponibilidade de insumos de baixo impacto, como contribuição para a produção de alimentos seguros.


Já o gerente geral de Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Carlos Alexandre, citou algumas normativas que envolvem os setores de frutas e hortaliças, como a INC nº 1/2014, que trata das exigências para o registro dos agrotóxicos, seus componentes e afins para culturas com suporte fitossanitário insuficiente, bem como o Limite Máximo de Resíduos permitido.


Alexandre também falou da INC nº 2/2018, do Mapa e da Anvisa, que traz as diretrizes para aplicação da rastreabilidade na cadeia produtiva de vegetais destinados à alimentação humana. “A normativa possibilita identificar devidamente o produto vegetal e o fornecedor, facilita o fluxo de informação do produtor para o consumidor e vice-versa, além de garantir diferenciação mercadológica, melhoria da qualidade e diminuição e perdas”, afirmou.


Para o representante da Anvisa, alguma questões são fundamentais para a cadeia de produção e distribuição, visando a segurança e a qualidade. Ele citou como exemplo: trabalho em conjunto entre os diferentes entes da cadeia de produção e distribuição; concentração em estratégias de ganhos em longo prazo ao invés de ganhos em curto prazo; fortalecimento dos laços comerciais e o consumidor como foco principal.

Nenhum comentário: