O ritmo de exportação de soja por Santa Catarina está relativamente atrasado, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o novo boletim da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do estado (Epagri). Em 2021, no acumulado até julho, Santa Catarina exportou 1,04 milhão de tonelada, na média dos últimos 10 anos as exportações anuais foram cerca de 1,4 milhão de tonelada.
“O ritmo de exportações está relativamente atrasado em comparação há anos anteriores. No entanto, se destaca o valor do produto do complexo soja que, em média em 2020 o valor FOB6 obtido foi de $349,86/t, enquanto em 2021 está em $447,19/t, cerca de 22% superior. A valorização das commodities agrícolas no mercado internacional após julho de 2020 foi significativa”, diz o relatório.
A alta dos prêmios de exportação, a valorização cambial, os baixos estoques das indústrias brasileiras e a firme demanda doméstica elevaram os preços da soja em julho em cerca de 3% em relação a junho. “Os preços praticados nos diferentes estados analisados estão próximos desde o início do ano. No entanto, houve grandes oscilações de mercado nos últimos 30 dias, associados ao câmbio e a expectativa da nova safra dos EUA”, indica.
“Com a retração por parte dos produtores, as indústrias brasileiras sinalizaram dificuldades na aquisição de soja em grão no decorrer de julho. Além disso, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) confirmou o aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao Diesel A de 10 para 12% no 81º Leilão de Biodiesel. Nos leilões anteriores, o percentual havia sido reduzido de 13 para 10%, em decorrência dos efeitos da alta do custo do óleo de soja nos mercados brasileiro e internacional”, conclui.
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