O que a Covid-19, a peste bubônica da Idade Média, a gripe espanhola de 1918, a influenza aviária H5N1, de 2005, e a gripe suína (ou H1N1), de 2009, têm em comum? Além de serem consideradas pandemias históricas, as doenças surgiram ou possuíram como hospedeiro um animal. Isso levanta uma importante questão: a importância dos cuidados sanitários na produção animal.
Um estudo do Insper (instituição de ensino superior e de pesquisa) sobre os Impactos da Covid-19 no agronegócio e o papel do Brasil mostra que cerca de 70% dos surtos emergentes de doenças infecciosas humanas são zoonoses. Entre as enfermidades estão Ebola, Influenza, SARS e a COVID-19. Esse entendimento é fundamental para identificar, gerenciar e prevenir surtos futuros.
A pandemia do novo coronavírus também trouxe à tona o conceito de One Health, popularizado nos anos 2000. Conhecido como Saúde Única (em português), o termo trata da integração entre a saúde humana, a saúde animal, o ambiente e a adoção de políticas públicas efetivas para prevenção e controle de enfermidades trabalhando nos níveis local, regional, nacional e global.
Manter a saúde e seguir as normas de biosseguridade na produção animal são essenciais para desacelerar a transmissão dos vírus e diminuir os níveis de contaminação. Considerando que o Brasil é um dos principais países produtores e exportadores de alimentos de origem animal, o controle sanitário se torna cada vez mais relevante para o crescente sucesso de nossas produções.
“A biosseguridade é um conjunto de procedimentos técnicos diários aplicados em granjas e em pastos, com o objetivo de prevenir, impedir ou reduzir a disseminação de agentes ou doenças, controlando os desafios enfrentados na produção. Dentre os diversos procedimentos podemos destacar os seguintes:
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