Thais Libni
Desde a chegada da vacina contra a Covid-19 em Mato Grosso do Sul, 18.058 indígenas já foram vacinados, segundo o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).
Através de um trabalho de parceria entre o Estado, municípios e o DSEI, a porcentagem de vacinados nos 30 municípios que apresentam aldeias chegou a 39,1%.
Os dados apontam que nos 14 polos-base coordenados pelo Distrito no Estado, as imunizações da comunidade indígena variam de 13,3% (nos municípios de Maracaju e Porto Murtinho) a 79,1% (em Brasilândia e Corumbá).
O município que vacinou o maior número de indígenas foi Dourados: 3.003, de um total de 9.727 vacináveis. Na sequência, vem Miranda, com 2.405 imunizados, de um universo prioritário composto por 5.687 pessoas.
Em terceiro lugar, aparece Amambai: 2.167 moradores nas aldeias já receberam o imunizante, do total previsto de 5.713 imunizáveis.
O secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende, parabenizou os esforços de todos os envolvidos na campanha de vacinação prioritária aos indígenas, que apresentam vulnerabilidade frente a doença.
“Parabenizamos as equipes do DSEI, coordenadas pelo coronel Joe Jaccenti Júnior, bem como dos municípios, com o apoio de prefeitos e prefeitas, secretários e secretárias municipais de saúde, além de técnicos da Secretaria Estadual de Saúde que não estão medindo esforços”, salientou o secretário.
Fake News
Nos últimos dias o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), denúncias de notícias falsas que estavam espalhadas nas aldeias próximas ao município de Nioaque a região, gerando temor infundado na comunidade.
A implantação de um chip na cabeça de quem se vacinar ou o fato de os indígenas estarem sendo usados de “cobaias” para testar se a vacina funciona ou se pode matar alguém com o vírus implantado, eram os principais boatos.
Com a situação, a promotora de justiça de Nioaque, Mariana Sleiman coordenou uma reunião, com objetivo de esclarecer a importância da vacinação contra Covid-19.
Com medo da vacina, apenas metade da população local foi vacinada, desde o lote destinado ao grupo ter sido disponibilizado nos postos de saúde.
A reunião durou quatro horas, e com participação a participação do Procurador da República Luiz Eduardo Camargo Outeiro Hernandes, que reafirmou a segurança e procedência da vacina, a fim de que os indígenas, perdão o medo de tomá-la.
E alertou sobre as possíveis consequências aquelas que propagarem informações falsas no intuito de evitar que seus pares indígenas sejam vacinados.
Com informação do Portal Correio do Estado
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