Por: AGROLINK -Leonardo Gottems Sheila Flores
Uma equipe do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) da Argentina confirmou a presença da mosca do caule (Melanagromyza sojae) da soja. Este é o primeiro registro dessa espécie em uma safra de soja na Argentina, o que exige a realização de monitoramento permanente para determinar a presença e distribuição das espécies.
A mosca do caule da soja é um inseto nativo da Ásia e atualmente está distribuído na Rússia, Austrália, Espanha, Brasil e Paraguai. Esse inseto pode reduzir o tamanho das plantas e o número de vagens, o que afetaria o rendimento da colheita. Na Argentina, essa espécie foi relatada pela primeira vez em 2019 em culturas de grão de bico no norte de Córdoba.
Os pesquisadores alertaram sobre a presença dessa espécie nas lavouras de soja no centro de Santa Fe. “Foi detectado em várias amostragens realizadas desde janeiro no campo experimental do INTA Rafaela, em testes e em vários lotes de a área”, expressou Marcia Trossero, especialista em entomologia do INTA.
Segundo Sebastián Zuil, especialista em cultivos do INTA Rafaela, em Santa Fe, até o momento, não há informações locais sobre o manejo dessa espécie. "Embora tenhamos detectado larvas do caule perfurando a parte inferior do caule perto da raiz, essas plantas ainda não apresentaram sintomas visíveis ou redução de altura ou danos à estrutura floral, em comparação com plantas saudáveis", comenta.
Entre as considerações de gestão, Jorge Frana, especialista em entomologia do INTA, destacou que estratégias como rotação de culturas com gramíneas, plantio precoce e incorporação de cultivares de grupos de longa maturidade são um bom complemento e ajudariam a minimizar o impacto de inseto.
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