Por: AGROLINK -Leonardo Gottems Foto; Pixabay
A china diminui a importação de carne bovina no primeiro bimestre do ano de 2020, mas aumentou as compras de carne suína, segundo informações divulgadas pelo portal suinoculturaindustrial.com.br. O crescimento foi de 160% sobre o mesmo período de 2019 e, no Brasil, os embarques para lá subiram 200%.
“O volume foi comprado antes do surto do vírus e grande parte foi mantido em armazenamento refrigerado, pois os restaurantes não estavam totalmente abertos”, analisa Lin Guofa, analista sênior do Bric Agriculture Group, consultoria com sede em Pequim. “Começamos a ver um retorno da demanda na China e isso é encorajador quando pensamos no resto do mundo”, disse Brian Sikes, responsável pela divisão de proteína e sal da Cargill.
De acordo com ele, a unidade de processamento de aves da empresa na China opera com capacidade de pelo menos 80%, acima dos 30% a 40% durante a pior fase do surto. “Em janeiro e fevereiro, a China representou 54% de todas as exportações brasileiras de carne de porco e Hong Kong 15%”, explica Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS).
“O mercado produtor gaúcho e o catarinense são os principais fornecedores daquele país, depois vindo o Paraná. De acordo com Folador, indústrias gaúchas interlocutoras diretas com a entidade, ‘estão surpresas com o apetite chinês’, o que deve ter um fator adicional com a melhora das condições sanitárias e o controle aparente da pandemia", completa o portal.
“As indústrias estão tomando todo o cuidado necessário e rígido para manter a produção alinhada à demanda e se houver alguma queda de produção será pontual”, conclui.
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